Uma distribuidora de cachaça clandestina foi fechada em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (5/5). O local foi descoberto em um desdobramento de operação da Polícia Civil que já havia fechado uma fábrica da bebida em Sabará na última terça-feira.
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Polícia Civil prende homem que adulterava bebidasVídeo: exaltado, homem agride pessoas em situação de rua em Juiz de ForaBombeiros resgatam vaca que caiu em poço artesiano em UbáMinas se torna o terceiro maior exportador de cachaça do paísMotorista invade contramão e bate de frente com carreta na BR-365O delegado da Polícia Civil, Davi Moraes, explicou como foi traçada a relação entre a fábrica fechada em Sabará e a distribuidora de Contagem.
“Estamos investigando e descobrindo que eles possuem outros fornecedores de outros estados assim como também fornece para outros estados. Um dos funcionários do dono da empresa (a distribuidora de Contagem), com mais de 26 anos de casa, levou mil litros de cachaça para Sabará onde foram manipulados. Então as investigações persistem, a segunda fase está em andamento”, disse em entrevista coletiva.
Conforme as investigações, o dono do negócio, preso em flagrante em Contagem, utilizava de corantes, açúcar e xarope para enganar os consumidores. Além disso, os rótulos eram inventados com especificações sem registros, CNPJ falso e descrições para enganar a origem de produção.
As bebidas adulteradas eram comercializadas a valores baixos para pessoas de menor poder aquisitivo.
O suspeito foi ouvido e liberado e as investigações continuarão para averiguar fornecedores e compradores dos produtos adulterados.
Recado ao consumidor
Os agentes envolvidos na operação ressaltam a importância dos consumidores se atentarem a produtos que tenham registro. Isso atribui garantia que o produto passou por um controle pelos órgãos de fiscalização.
“Todas as bebidas alcoólicas devem ter registro no Ministério da Agricultura, então é importante o consumidor ler os rótulos e verificar a existência deste registro. Isso significa que essa empresa passou pelo crivo de um órgão regulador” disse Ademir José Abranches Monteiro, auditor fiscal do Mapa.
Segundo o representante do ministério, a bebida era adulterada utilizando água sem tratamento e outros aditivos. Com o processo era possível triplicar a quantidade de material a partir do produto original