"Eles martelavam a vitrine e arrancavam as joias", disse uma testemunha, sob anonimato, ao Estado de Minas. À reportagem, ela, que bate ponto em um estabelecimento em frente à loja de joias, afirmou ter visto os homens levando um refém durante a fuga. A tese foi corroborada por outras pessoas.
O roubo ocorreu nesta tarde, no shopping que fica no limite entre Belo Horizonte e Nova Lima. Clientes do espaço ficaram presos em lojas e restaurantes enquanto a ação transcorria.
"Quando vi eles quebrando os vidros, achei que fosse um cliente revoltado. Mas, aí, gritaram que era assalto", afirmou um dos funcionários da loja em frente à joalheria.
A mesma cena foi vista por trabalhadores de um outro local do shopping. "Quebraram os vidros da vitrine, pegavam as coisas e colocavam em uma mochila".
Frequentadores de um restaurante nas imediações ficaram retidos no espaço por cerca de 1h40. Depois, foram liberados sob escolta policial.
Nas cancelas do estacionamento, veículos eram vistoriados. Policias verificavam a presença de fugitivos abaixo dos bancos traseiros ou nos porta-malas.
As vitrines externas da joalheria não foram quebradas. Elas foram cobertas para evitar a visualização dos procedimentos feitos pelos policiais no interior do estabelecimento. Agentes fazem a segurança do espaço.
Depois do assalto, segundo testemunhas, os participantes do roubo reapareceram no corredor que abriga a joalheria, armados. "Não consegui sequer pensar. Voltamos para o fundo da loja", falou a funcionária da loja em frente ao local invadido.
Pânico e tensão
Quando perceberam a situação de perigo, clientes de restaurantes precisaram se abaixar. Em um supermercado, as portas foram fechadas. O jornalista Matheus Adler fazia compras no mercado instalado no centro de compras quando foi surpreendido pela movimentação causada por causa do assalto.
Segundo ele, os estampidos causados pelos tiros fizeram com que clientes fossem se esconder nos fundos da loja, onde há um açougue. "Não sabemos nada do que acontece lá fora. A porta ficou fechada", disse, ao EM, no momento do assalto. "Estava nos fundos da loja e vi gente correndo, gritando e chorando. Houve gente passando mal", completou.
Depois, ele conseguiu deixar o shopping e teve o carro vistoriado por policiais. O BH Shopping disse que a polícia foi "imediatamente acionada" após o assalto. "O shopping acrescenta que já restabeleceu suas atividades e está em funcionamento normal, além de estar colaborando com as autoridades de segurança pública".