Cinco drones apreendidos que eram utilizados por criminosos para atividades ilícitas agora serão usados para monitorar presídios em Ribeirão das Neves. O patrulhamento aéreo será de grande ajuda para monitorar a ordem e garantir a segurança nas unidades prisionais mineiras. Mais de 30 policiais penais já estão sendo treinados para utilizar os equipamentos pelo Grupamento de Patrulha Aérea (Gpaer).
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De acordo com observações do Depen MG, os drones são comumente utilizados pelos criminosos para atividades variadas, mas a principal delas são as tentativas de arremesso de materiais ilícitos pelos drones dentro das cadeias. Agora, as aeronaves remotamente pilotadas serão utilizadas para combater o crime e auxiliar nas demais atividades da área de segurança das unidades.
Os equipamentos que apresentarem defeitos ou não possuírem plenas condições de funcionamento serão desmontados e as peças que puderem integrar outros equipamentos similares serão doadas.
Duas unidades prisionais de Minas são pioneiras no treinamento
A Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, Presídio de Montes Claros II, no Norte do estado, foram as primeiras unidades prisionais a receberem os equipamentos e terem suas equipes treinadas. Unidades prisionais em Ribeirão das Neves também entraram no acordo, na cidade cinco drones foram apreendidos.
Cassimiro Fernandes, coordenador de Operações com Aeronaves Remotamente Pilotadas do Depen-MG, explica que com a parceria, "será possível prevenir e coibir práticas criminosas dentro dos presídios". Para a juíza da Vara de Execuções Penais da Comarca de Ribeirão das Neves, Miriam Vaz Chagas, a cooperação é um marco no combate à criminalidade. “A relevância desta parceria se revela principalmente pela desburocratização do encaminhamento de materiais de origem ilícita, dando a eles uma finalidade em prol da segurança pública”, argumenta.
Sispaer é referência nacional em segurança pública
O Sistema Integrado de Segurança e Patrulhamento Aéreo de Minas Gerais (Sispaer) foi apresentado na última segunda-feira (9) pelo Depen MG como referência nacional em segurança pública no Conselho Nacional dos Secretários de Estado de Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (Consej), em Brasília.
Além do Sispaer, a aplicação do “No-Fly Zone” em Minas Gerais também serão apresentados pelo Gpaer nesta terça-feira (10/5), em São Paulo, no Workshop Unmanned Aircraft Systems - UAS (Sistema de Aeronaves Não Tripuladas).
O “No-Fly Zone” é a nova operação para conter o uso criminoso dos drones, em que se torna proibido o sobrevoo de aeronaves não autorizadas. Por enquanto, a Polícia Penal de Minas Gerais recebe destaque, pois é a única força de segurança pública que conta com esse recurso.
Além disso, desde dezembro de 2017, a Polícia Militar (PMMG) faz uso de aeronaves remotamente pilotadas (RPAs) para auxiliar no combate ao crime.
Uso de drones cresce no mercado Brasileiro
O Brasil é hoje o principal mercado de drones da América do Sul, com faturamento anual estimado de US$ 373 milhões. O número de drones registrados no Brasil cresceu 11,3% entre 2020 e 2021. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o número de 2021 foi de 90.030 novos equipamentos no país, enquanto em 2020 foram 79.858. Ainda segundo a Anac, em Minas, o aumento foi de 18,8%.
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Em Minas,o uso tem sido administrado de forma estratégica. Além do monitoramento presidiário, o mapeamento de áreas críticas e de difícil acesso, como as barragens de Brumadinho e Mariana, tem como principal meio de registro os drones. O equipamento faz o levantamento dos dados de forma rápida e auxilia na tomada de decisão para as rotas de busca.
Para a agricultura, pode-se apurar monitoramento do crescimento, controle de pragas e de possíveis invasores, áreas de pulverização.
*estagiária sob supervisão de