A prefeitura, a Câmara Municipal e o consórcio das empresas de ônibus, mais uma vez, não chegaram a um acordo para resolver a situação do transporte público de Belo Horizonte. Na reunião desta quarta-feira (11), empresários de ônibus questionaram o prazo para o subsídio, no valor de R$ 207,5 milhões, que seria oferecido até maio do ano que vem.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) quer que o valor seja pago integralmente até dezembro, quando haveria um novo reajuste da passagem. Eles alegam que o recurso não é suficiente para manter o funcionamento do sistema até maio.
A proposta, porém, não foi aceita pelos representantes do legislativo e municipal, que concordaram com o encurtamento do prazo somente até março de 2023. "Nós já cedemos, mas é tudo ou nada. Nós não aceitaremos que o subsídio passe a valer só até dezembro, afirma o vereador Gabriel Azevedo (sem partido).
O acordo já prevê, para o próximo ano, uma revisão do contrato com as empresas de ônibus e a reformulação da tarifa. "Não aceitaremos que a população seja brindada com a possibilidade de aumento da tarifa no Natal. Estamos tratando de uma situação emergencial para melhorar a qualidade do serviço", pontua Azevedo.
Apesar do impasse, a expectativa para o fechamento do acordo é positiva. "Temos uma situação muito promissora. Acreditamos que teremos, em algumas horas, uma decisão sobre o repasse desse recurso. Está nas mãos do Setra-BH. Nós acreditamos que eles terão consciência de aceitar a proposta", avaliou o presidente da Superintendência de Mobilidade (Sumop), André Dantas.
Assim que aprovado, a expectativa é que o projeto de lei (PL) comece a tramitar em velocidade expressa na Câmara para ser publicado até junho. "Temos a expectativa de que, devido ao adiantamento das negociações, esse retorno das viagens seja realizado o mais rápido possível", avalia Dantas.
Uma nova reunião foi marcada para quinta-feira (12/5) para discutir o projeto. Nesse período, o Setra-BH vai analisar a proposta, que tem como contrapartidas aumentar o número de viagens nos dias úteis em, no mínimo, 15%, a suspensão, até 21 de junho de 2022, das ações judiciais que pedem o reajuste da tarifa e renovar a frota em até 10 anos.
Das 16 propostas apresentadas ao Setra-BH, apenas o item relacionado ao subsídio não foi aceito, apesar de algumas modificações no texto original. Entre as propostas também está a criação de um canal de comunicação exclusivo no WhatsApp para que o cidadão possa reclamar em tempo real da situação dos ônibus.
Subsídio
Na última terça-feira, a Câmara de BH decidiu disponibilizar um aporte de R$ 44 milhões às empresas de ônibus para melhorar a qualidade do transporte público na capital. O recurso, vindo de economias dos parlamentares, se somará aos R$ 163 milhões já ofertados pela Prefeitura de Belo Horizonte.
O acordo daria novo fôlego ao serviço na capital mineira e evitaria que o sistema chegue a um colapso, diante das perdas inflacionárias decorrentes do aumento dos combustíveis.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) quer que o valor seja pago integralmente até dezembro, quando haveria um novo reajuste da passagem. Eles alegam que o recurso não é suficiente para manter o funcionamento do sistema até maio.
A proposta, porém, não foi aceita pelos representantes do legislativo e municipal, que concordaram com o encurtamento do prazo somente até março de 2023. "Nós já cedemos, mas é tudo ou nada. Nós não aceitaremos que o subsídio passe a valer só até dezembro, afirma o vereador Gabriel Azevedo (sem partido).
O acordo já prevê, para o próximo ano, uma revisão do contrato com as empresas de ônibus e a reformulação da tarifa. "Não aceitaremos que a população seja brindada com a possibilidade de aumento da tarifa no Natal. Estamos tratando de uma situação emergencial para melhorar a qualidade do serviço", pontua Azevedo.
Apesar do impasse, a expectativa para o fechamento do acordo é positiva. "Temos uma situação muito promissora. Acreditamos que teremos, em algumas horas, uma decisão sobre o repasse desse recurso. Está nas mãos do Setra-BH. Nós acreditamos que eles terão consciência de aceitar a proposta", avaliou o presidente da Superintendência de Mobilidade (Sumop), André Dantas.
Assim que aprovado, a expectativa é que o projeto de lei (PL) comece a tramitar em velocidade expressa na Câmara para ser publicado até junho. "Temos a expectativa de que, devido ao adiantamento das negociações, esse retorno das viagens seja realizado o mais rápido possível", avalia Dantas.
Uma nova reunião foi marcada para quinta-feira (12/5) para discutir o projeto. Nesse período, o Setra-BH vai analisar a proposta, que tem como contrapartidas aumentar o número de viagens nos dias úteis em, no mínimo, 15%, a suspensão, até 21 de junho de 2022, das ações judiciais que pedem o reajuste da tarifa e renovar a frota em até 10 anos.
Das 16 propostas apresentadas ao Setra-BH, apenas o item relacionado ao subsídio não foi aceito, apesar de algumas modificações no texto original. Entre as propostas também está a criação de um canal de comunicação exclusivo no WhatsApp para que o cidadão possa reclamar em tempo real da situação dos ônibus.
Subsídio
Na última terça-feira, a Câmara de BH decidiu disponibilizar um aporte de R$ 44 milhões às empresas de ônibus para melhorar a qualidade do transporte público na capital. O recurso, vindo de economias dos parlamentares, se somará aos R$ 163 milhões já ofertados pela Prefeitura de Belo Horizonte.
O acordo daria novo fôlego ao serviço na capital mineira e evitaria que o sistema chegue a um colapso, diante das perdas inflacionárias decorrentes do aumento dos combustíveis.