O Sindicato de Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) manterá sua posição a respeito do período do subsídio proposto em reunião com vereadores e a prefeitura da capital nesta quarta-feira (11). A associação patronal não concorda com os prazos apresentados e só se pronunciará a partir de nova oferta do poder público.
De acordo com o Setra-BH, as empresas de ônibus se reúnem na tarde desta quarta (11), mas aceitar a proposta nos moldes propostos durante a manhã não está em pauta.
O ponto de divergência está no período de pagamento de subsídios às concessionárias. A PBH e a Câmara propõem o pagamento de R$ 207,5 milhões relativos aos 12 meses entre abril deste ano e maio de 2023. Enquanto isso, o Setra-BH quer que o valor seja retroativo, contando a partir de janeiro e indo até dezembro do próximo ano.
Esta foi a única discordância aos 16 pontos apresentados aos empresários pelo Grupo de Trabalho para debater a mobilidade urbana na capital (GT-MOBBH), que reúne membros do Executivo e do Legislativo municipal.
Se um acordo for firmado entre as partes, a Câmara Municipal se prontifica a votar um projeto de lei para o pagamento dos subsídios como forma de resgate às empresas de ônibus, que alegam estar funcionando à beira de um colapso financeiro, e para a manutenção da passagem do transporte no preço atual.
No início de abril, a Justiça acatou um pedido das empresas de ônibus da capital e determinou o aumento da passagem em 30%, com o valor da tarifa principal saindo de R$ 4,50 para R$ 5,85. A PBH recorreu da decisão.
Além disso, o acordo prevê que as empresas aumentem, no mínimo, 30% as viagens diárias em relação à média verificada em dias úteis do mês de março deste ano.
Uma reunião do GT-MOBBH está marcada para a quinta-feira (12), na Prefeitura de Belo Horizonte, às 13h.