Mesmo após o acordo entre Prefeitura de Belo Horizonte, vereadores e empresas de ônibus para um subsídio de R$ 237,5 milhões ao transporte público na capital - R$ 226 milhões destinados ao convencional e R$ 11 milhões ao suplementar -, a circulação diária de coletivos não chegará ao patamar anterior a março de 2020, mês em que a pandemia de COVID-19 ganhou força no Brasil.
De acordo com o documento pactuado nessa quinta-feira (12), as concessionárias terão de aumentar o número de viagens em pelo menos 15% em comparação a março deste ano, tão logo receberem o primeiro aporte do subsídio. Isso representaria um total de 18.700 trajetos ao dia.
Passados 15 dias do pagamento do primeiro subsídio, as empresas se comprometeram a elevar em 30% as viagens nos dias úteis, também tendo março de 2022 como referência. Com isso, o número chegaria a pouco mais de 21.100.
Conforme a BHTrans, a média de viagens realizadas em dias úteis em Belo Horizonte antes da COVID-19 era de 24.741 por dia. Assim, mesmo com o cumprimento do contrato, a oferta de coletivos não será a mesma de dois anos atrás.
Todavia, a BHTrans ressaltou que a demanda pelo transporte público na capital não alcançou os patamares anteriores à pandemia. Em 2022, o número de passageiros chegou a 80% do registrado no período pré-coronavírus apenas uma vez. Nos demais dias, ficou abaixo.
Já o item 4 trata sobre a manutenção da tarifa durante o período de vigência do subsídio às companhias de ônibus em BH, até março de 2023.
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Aportes
Ficou acertado no item 7 das condicionantes entre Prefeitura, Câmara e concessionárias que os aportes serão efetuados da seguinte forma:
Linhas convencionais
- R$ 30 milhões/mês em abril maio e junho de 2022
- R$ 17,75 milhões/mês em julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2022
- R$ 10 milhões/mês em janeiro, fevereiro e março de 2023
Linhas suplementares
- R$ 1,457 milhão/mês em abril, maio e junho de 2022
- R$ 862 mil/mês em julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2022
- R$ 485,333 mil/mês em janeiro, fevereiro e março de 2023
Tarifa
Já o item 4 trata sobre a manutenção da tarifa durante o período de vigência do subsídio às companhias de ônibus em BH, até março de 2023.
“As partes acordam que, enquanto vigorar o subsídio, não haverá aumento, a qualquer título, do valor da tarifa praticada”.
Os preços das passagens são R$ 4,50 (linhas convencionais e estruturais), R$ 3,15 (circulares e alimentadoras), R$ 1,00 (vilas e favelas) e R$ 6,75 (executivo).
Frota
O último Boletim do Transporte Coletivo de Belo Horizonte, divulgado no site da prefeitura em fevereiro de 2022, apontava uma frota de 2.410 ônibus do sistema convencional (MOVE) e 290 do sistema suplementar, totalizando 2.700 veículos.