A baixa procura dos grupos prioritários pela vacina contra a gripe tem preocupado as autoridades de saúde de Belo Horizonte. A cobertura vacinal contra a doença teve um pequeno aumento na última semana. Segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (18/5) pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), 32,3% do público-alvo foi imunizado contra 26,9% na semana passada. Porém, a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de, pelo menos, 90%.
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“Temos feito discussões com as equipes das unidades de saúde para fazer busca neste público, durante as consultas e atendimentos, principalmente agora que está tendo uma demanda maior por quadro respiratório. Estamos orientando as equipes a avaliarem a situação vacinal e vacinarem esse público.”
Outra medida, de acordo com ele, é a divulgação na imprensa e coletivas sobre a importância da vacinação contra a gripe para o público-alvo. “Para tentar estimular a participação deles e venham as unidades tomarem a vacina.”
A secretaria não fez nenhuma investigação para tentar descobrir o motivo da baixa procura pelo imunizante. Paulo Roberto ressalta, porém, que muitas pessoas tratam a gripe como uma doença comum.
“As pessoas estavam dando muita importância para a vacina contra a COVID e deixando a influenza de lado, achando que a gripe é uma doença banal. Mas isso não é verdade, ela pode levar à internação e à morte. Precisamos que a população procure os postos de vacinação para que fiquem protegidas, principalmente estes grupos vulneráveis, como idosos, crianças, profissionais de saúde.”
Entre os grupos convocados, o diretor destaca a preocupação com a baixa cobertura de alguns deles. “Gestantes e puérperas, além dos trabalhadores da educação estão com a cobertura vacinal baixa.”
O grupo dos idosos atingiu 52% de imunização, enquanto apenas 19,7% das crianças de 6 meses a 4 anos tomaram a vacina contra a gripe. “Essas crianças precisam tomar essa vacina. Não tem sentido os pais não levarem os filhos para se vacinarem.”
De acordo com a SMSA, os grupos prioritários com menores coberturas vacinais são:
- Pessoas com deficiência permanente (motora, auditiva, visual ou intelectual): 0,7%
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais: 5,6%
- Gestantes: 11,9%
- Professores do ensino básico e superior: 12,3%
- Puérperas: 15,2%
Prorrogação da campanha e ampliação para outros grupos
Sobre a possibilidade da campanha ser prorrogada, o diretor explica que a decisão, neste caso, é do Ministério da Saúde. “Normalmente, ele faz isso, para dar oportunidade para esses grupos serem vacinados primeiro. Mas, não sabemos se esse ano a campanha será prorrogada.”
A liberação das doses para a população em geral também fica a cargo do órgão federal. “Existe a possibilidade, mas depende do ministério No ano passado, ele liberou.”
Paulo Roberto lembra que a vacina protege contra o vírus da gripe, mas existem outros vírus que causam doenças respiratórias para os quais não há imunizantes. “Por isso, é importante que além da vacinação, a população mantenha o distanciamento social, sempre que estiver com sintomas respiratórios ficar em casa, usar máscara para evitar transmissão daquele quadro para outras pessoas. Isso faz parte das medidas de controle destes quadros respiratórios.”