Jornal Estado de Minas

AUMENTO NOS CASOS

COVID-19: máscara pode voltar a ser obrigatória em BH


Apenas 20 dias se passaram desde que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) desobrigou o uso de máscaras de proteção contra COVID-19 em ambientes fechados. Essa medida pode ser revogada, conforme informou a Secretaria Municipal de Saúde, nesta quarta-feira (18/5), devido ao aumento da taxa de incidência da doença na última semana.





De acordo com o boletim epidemiológico do município, divulgado nesta terça-feira (17/5), os novos casos do novo coronavírus saltaram 18,4% somente nos últimos sete dias. A incidência de casos por 100 mil habitantes subiu dos 38,3 para 45,1 no último domingo (15/5).
 
 
Taxa de incidência da COVID-19 no boletim epidemiológico da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), divulgado nesta terça-feira (18/5) (foto: Divulgação/PBH)
 
“Caso seja necessário e com base em dados epidemiológicos e evidências científicas, medidas serão prontamente adotadas, inclusive com revisão dos protocolos sanitários e retorno da obrigatoriedade das máscaras”, ressaltou a Secretaria Municipal de Saúde, em nota.  “A equipe da SMSA mantém o acompanhamento dos casos. É importante destacar que a Taxa de Incidência por 100 mil habitantes voltou a ser publicada no Boletim Epidemiológico. A SMSA não fez nenhuma alteração no fluxo de registro de casos”, completaram.
 
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Ao Estado de Minas, o médico infectologista Unaí Tupinambás, integrante do extinto Comitê Voluntário de Enfrentamento à COVID-19 em Belo Horizonte, ressaltou que a medida de dispensar as máscaras foi precipitada. “Acho que seria uma postura correta voltar a exigência, não deveria nem ter sido suspenso em locais fechados”, aponta.

Unaí conta que, junto aos demais médicos infectologistas que fizeram parte do Comitê, no qual eles ainda mantém contato através de um grupo nas redes sociais, eles irão recomendar a volta da proteção facial. “Para tornar opcional o uso de máscaras, primeiro deveria ter esperado passar o outono e inverno, período em que as doenças respiratórias aumentam”, pontua.