A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) está atrás de três suspeitos de abusar sexualmente de crianças e adolescentes em BH. Outros quatro homens já condenados pelo crime de abuso sexual foram presos na capital, nessa quarta-feira (18/5), entre eles um idoso de 71 anos, condenado por abusar de duas meninas.
As informações foram apresentadas, na manhã desta quinta-feira (19/5), durante uma coletiva de imprensa sobre as operações deflagradas pela campanha Maio Laranja, que busca conscientizar e incentivar a denúncia de crimes de abuso e exploração sexual, além de casos de agressões físicas e verbais contra crianças e adolescentes.
Ontem, além de divulgar as ações do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescente, a PCMG desencadeou, em sete locais na capital mineira, uma operação para prender os acusados pelo crime de abuso sexual contra menores.
Condenados por estupro de vulnerável
O idoso detido na Região Noroeste de Belo Horizonte, próximo ao Bairro Vista Alegre, é condenado por aliciar duas meninas, de 8 e 9 anos. Na ocasião, o homem, que era vizinho das vítimas, as levou para tomar sorvete e, no local, tocou as partes íntimas delas. O crime, ocorrido em 2018, foi testemunhado pela atendente do local, que acionou a polícia.
A PCMG afirma que os militares foram até a sorveteria e registraram o boletim de ocorrência e, em depoimento, as meninas confirmaram o abuso. O idoso foi processado, julgado e condenado à oito anos de prisão, em regime fechado.
Outro detido é um homem 33 anos que abusou sexualmente da sobrinha, em 2019, na região do Barreiro, próximo ao Bairro São Francisco. De acordo com a polícia, o suspeito levou a criança até a residência dele, onde permaneceram por alguns minutos. A ação levantou suspeitas na mãe da vítima que, ao questioná-la, descobriu que homem a obrigou a praticar sexo oral nele.
Após a denúncia, o individuo foi julgado e condenado a oito anos de prisão pela prática de estrupo de vulnerável.
O terceiro preso é um jovem, de 22 anos, que mantinha relações sexuais, em 2019, com uma adolescente de 16 anos. Conforme a PCMG, o homem sabia que a vítima era menor e a ameaçava para que as relações continuassem. A menina compareceu à delegacia, com sua represente legal, denunciando os fatos.
O rapaz, que, inicialmente, recebeu mandado de prisão preventiva, negou o crime, mas, durante as investigações, os policiais confirmaram as suspeitas. Ele foi julgado e condenado a seis anos e nove meses de reclusão.
A PCMG informou que os julgamentos dos três condenados presos nessa quarta-feira ocorreram entre de abril e maio deste ano.
Prisão preventiva
O quarto preso nessa quarta-feira (18/5) é um homem de 39 anos, pai de uma menina de 13, acusado de abusar sexualmente dela, em 2020, na Região Leste da capital mineira. Segundo os investigadores, a vítima teria relatado o ocorrido à sua irmã, que acionou à polícia. O homem, que ameaçava a filha, caso fosse denunciado, recebeu mandado de prisão preventiva.
Foragidos
Durante a coletiva, a polícia também apresentou outro caso investigado. Um homem, de 29 anos, é acusado de abusar sexualmente da enteada, de 7. A PCMG não quis informar o local do ocorrido para proteger a vítima. O caso foi levado à delegacia pela mãe da menina, e foi expedido um mandado de prisão preventiva. Porém, o homem não se encontra em Belo Horizonte e a PCMG está fazendo as buscas para cumprir a ordem. Na coletiva, os delegados não apresentaram as ações que envolveram os outros dois foragidos.
Agressão corporal e maus-tratos
A Polícia Civil também apresentou durante a coletiva um caso de busca e apreensão, no Bairro São Francisco, Região do Barreiro. Um homem, de 39 anos, é acusado de agredir fisicamente os enteados, de 12 e 14, de forma coerciva, o que configura a prática de espancamento. O indivíduo também ameaçava as vítimas com armas, caso elas o denunciassem.
Um vizinho, tendo conhecimento, avisou ao pai dos adolescentes, que relatou a situação à polícia. Em depoimento, o homem alegou que estava se defendendo dos jovens em uma luta corporal, o que, segundo a PCMG, não convenceu, já que as vítimas eram adolescentes e o suspeito, adulto. Na residência, foi apreendido armamento. A polícia afirmou que o autor tinha autorização e, por isso, as armas eram legais. O fato ocorreu em março deste ano.
A mãe dos dois adolescentes tinha conhecimento, mas não procurou os militares e, no dia da agressão, não preservou a segurança das vítimas, que tiveram que buscar abrigo na casa do vizinho. A PCMG informou que, mesmo assim, a mulher não será indiciada, pois, não atuou no crime, que se trata de lesão corporal e maus tratos.
Os adolescentes apresentavam hematomas, ligados a socos e chutes dados pelo padastro. Foi emitido, em urgência, uma medida protetiva, e os jovens, atualmente, estão com o pai deles.