Uma obra paralisada na BR-381 na altura de Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte, trava o trânsito no local e prejudica o trabalho de quem precisa passar pelo ponto com tráfego reduzido. De acordo com motoristas e moradores da região, não há trabalhadores no local, interditado desde o início do ano.
A obra está no quilômetro 451 da rodovia e obriga os motoristas a trafegar com pista reduzida. O trecho apresenta lentidão normalmente e a situação se agrava durante os horários de pico. Nesta sexta-feira (20), o trânsito estava carregado no local por volta das 18h.
“Demora duas ou três horas para chegar aqui vindo do trevo de Sabará. Está tudo agarrado. Tem quatro meses que está assim e isso prejudica nosso horário de entrega. Ruim demais, péssimo”, protestou o caminhoneiro Edson Souza, que já sofre com a obra parada desde o início do ano.
De acordo com moradores da região, o local está assim desde as chuvas do início do ano. Uma parte da estrada desmoronou e até hoje não foi consertada. A reportagem entrou em contato com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para questionar o motivo da paralisação da obra e a previsão para normalização do trânsito na região, mas não houve resposta até a última atualização desta matéria.
O trecho faz parte do segmento da estrada, conhecido popularmente como “rodovia da morte” pela grande quantidade de acidentes e curvas sinuosas. Para quem depende de circular pela via, a obra paralisada é mais um entre tantos obstáculos.
“Trabalho aqui há 10 anos. Essa obra está aí desde as chuvas de dezembro do ano passado. Vieram, não começaram a mexer, não fizeram nada. E olha o trânsito como fica. Você não vê ninguém trabalhando e o trânsito está desse jeito. Prejudica meu trabalho, o comércio, os moradores. Está o caos mesmo”, relata o entregador Célio Pereira.
Para o motorista de ambulância Luciano Ferreira, a obra é mais um elemento dificultador no trabalho que envolve levar pacientes de São José do Goiabal para Belo Horizonte três vezes por semana.
“A gente pega muito trânsito lá na volta. Eu já fiquei até duas horas parado e a estrada já não é boa. A gente, de ambulância, liga a sirene e passa, mas tem hora que é arriscado, temos que ter uma boa noção de espaço. O problema é não saber quando a obra vai ser finalizada, nunca vemos ninguém trabalhando ali”, lamenta.