A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da BHTrans, concluiu o primeiro trecho, de 750 metros, de reforma da ciclovia da Orla da Pampulha, entre a Barragem e a Avenida Santa Rosa. A conclusão da obra está programada para o fim de junho.
O trecho recebeu todos os trabalhos previstos, incluindo a elevação da ciclovia, travessia elevada para pedestres e as sinalizações horizontal (pinturas no solo) e vertical (placas). Portanto, agora, está liberada para uso dos ciclistas e pedestres.
A revitalização da ciclovia ganhou novo impulso com o fim do período chuvoso e avançou nos últimos dois meses. A obra foi dividida em três grandes trechos e, desta forma, os trabalhos ocorrem mais rapidamente em toda a orla.
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Leandro Rocha Costa, de 37 anos, gerente comercial, destacou a importância da ciclovia, não só para quem mora na Pampulha, mas para BH: "Antes, o espaço era muito restrito, curto e presenciei vários acidentes de bicicleta. E outras pessoas até de carros. Agora, a ciclovia está bacana, legal, mas tem muitos pontos para melhorar e outros ainda estão em obra".
Por isso, Leandro manda um recado para a PBH: "É preciso que a prefeitura avalie a pavimentação. Em alguns trechos ela está bem irregular e a bike sai até pulando", avisa.
O gerente comercial destaca que aproveita a ciclovia sempre que pode: "É qualidade de vida". E, só pensando em contribuir, Leandro faz uma sugestão para as autoridades públicas: "No futuro, elas poderiam estudar a possibilidade de fechar uma faixa de carro aos sábados e domingos e, principalmente, no verão, quando dá até congestionamento de bicicletas e pessoas por aqui".
Leandro lembra que, além dos moradores, a ciclovia é um grande convite aos turistas e aos profissionais do esportes, os atletas que treinam por lá: "Cada um tem seu momento e, com ajustes, todos vão sair ganhando", avalia.
Além de finalizar a elevação da ciclovia ao nível da calçada e quatro travessias de pedestres, outras intervenções na pista de rolamentos dos veículos também ficaram prontas, como cinco redutores de velocidade já sinalizados com pinturas e placas e pictogramas de bicicleta no pavimento.
Barbara Ferreira, de 31 anos, gerente de venda, com o noivo Cleber Penido, de 33, empresário do ramo da tecnologia, e o amigo Wanderley Júnior, de 29, também empresário, sempre se encontram na orla da Pampulha, seja para andar de bike ou praticar alguma atividade física.
Ontem, foram surpreendidos com a nova ciclovia: "Eu e a Barbara viemos do Salgado Filho e o Wanderley mora na região. Estamos sempre por aqui, nos encontramos, alugamos bicicletas e gostamos de dar toda a volta na Lagoa. A ciclovia está bem melhor. Antes, tinha trecho que éramos obrigados a andar pela rua, agora, tem a parte dos pedestres, do pessoal da caminhada, das bicicletas, todos em harmonia, com os carros sem suas faixas", destaca Cleber.
Aliás, Cleber enfatiza que a liberação chega em um bom momento, com as pessoas cada vez mais indo para as ruas depois do momentos mais críticos da pandemia. Todos querendo aproveitar atividades ao ar livre: "Já fui atleta de natação, gosto de me exercitar e o espaço é importante para Belo Horizonte, que está no caminho certo. Devolvendo para a população, que paga seus impostos, melhorias para a cidade que todos possam usufruir. Agora, é preciso concluir a sinalização e finalizar a obra porque é ruim pedalar com trechos por fazer. Mas entendemos que há um prazo".
Já Pedro Leal, de 23 anos, atleta de triatlo, modalidade que combina natação, ciclismo e corrida, nessa ordem e sem interrupção entre as provas, acha importante a capital ganhar espaço vitalizados e para a prática esportiva. Mas confessa que a ciclovia não é o espaço ideal para ele treinar.
"Treino há quatro anos na Pampulha, mas durante a semana por ser mais vazio. Nós, atletas, não podemos andar na ciclovia, mas na ciclofaixa, já que pedalamos há mais de 20km e, por segurança, temos de andar junto aos carros. Com a revitalização da ciclovia, com a elevação ao nível da calçada, prejudicou a ciclofaixa porque diminuiu o espaço e ficamos mais próximos dos carros. E nas proximidades do Museu, perto dos bueiros, tem muita depressão, o que atrapalha o desenvolvimento do treino", analisa o triatleta, que começou na natação aos 7 anos e sonha com uma vaga para as Olimpíadas de Los Angeles, em 2028.
Já para quem curte a ciclovia para o lazer, Pedro destaca: "Ficou bem melhor, sem o blocos de concreto, muitos que não tinham tanto domínio da bicicleta batiam neles, o espaço ficou maior e é separado. O que vi hoje dar errado é que muitos corredores estão invadindo a ciclovia. É preciso respeito e educação, cada um no seu lugar, para cada um aproveitar da melhor forma", ensina.
PROMESSA DE ENTREGA DA OBRA CONCLUÍDA NO FIM DE JUNHO
Outras duas frentes de trabalho estão sendo abertas, conforme Eveline Prado Trevisan, coordenadora de sustentabilidade e meio ambiente da BHTrans: "Nesta segunda quinzena de maio, estamos dando início ao trecho que fica entre a Avenida Alfredo Camarate e a Avenida Cremona, e, no princípio de junho, entra a quinta e última etapa, que é entre a Avenida Cremona e o Clube Belo Horizonte. A obra total está prevista para ficar pronta no final de junho".
Vale lembrar que o Projeto Cicloviário Orla da Lagoa da Pampulha passou por licitação, recebeu contribuições da comunidade e foi homologado no Diário Oficial do Município em julho de 2021. Iniciadas logo após a consulta pública, as obras atrasaram.
A qualificação da ciclovia é de 7,1 quilômetros de extensão entre a Rua Garoupas e o Clube Belo Horizonte. Com investimentos de pouco mais de R$ 5 milhões, a pista dos ciclistas também está sendo alargada, passando a contar com 2,5 metros, largura compatível com ciclovias bidirecionais e com grande fluxo de ciclistas, como é o caso da orla da Pampulha. A reforma também contempla a instalação de separação física da pista de caminhada por jardins, além de adequações geométricas.
A qualificação da ciclovia é de 7,1 quilômetros de extensão entre a Rua Garoupas e o Clube Belo Horizonte. Com investimentos de pouco mais de R$ 5 milhões, a pista dos ciclistas também está sendo alargada, passando a contar com 2,5 metros, largura compatível com ciclovias bidirecionais e com grande fluxo de ciclistas, como é o caso da orla da Pampulha. A reforma também contempla a instalação de separação física da pista de caminhada por jardins, além de adequações geométricas.
O projeto também contempla a execução de travessias elevadas em todas as interseções e locais de atratividade, com o objetivo de proporcionar conforto e segurança aos pedestres, sobretudo aqueles com mobilidade reduzida.
Eveline Trevisan enfatiza que outro grande benefício da obra é a inserção das 19 travessias elevadas para os pedestres: "Assim, a conseguimos, de fato, promover uma redução da velocidade na orla, dando mais segurança para quem pedala e, principalmente, para quem caminha. Sabemos que a orla da Pampulha é demandada por pedestres e turistas, que são pessoas que podem fazer seus deslocamentos de forma mais devagar e as travessias vão contribuir muito para a segurança de todos", assegura.