A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) completa, nesta terça-feira (24/05), 60 anos de existência. Em 24 de maio de 1962, foi criada a Fundação Norte Mineira de Ensino Superior (FUNM), transformada na instituição estadual pela Constituição do Estado de 1989.
Mantida com recursos do governo estadual, a Unimontes oferece ensino gratuito e soma atualmente cerca de 13 mil alunos, dos quais 9,46 mil em cursos de graduação presenciais. Conta também com cursos de graduação a distância (1,63 mil alunos), técnico-profissionalizantes (1.070), pós-graduação Lato sensu (112) e pós-graduação Stricto sensu (881), de acordo com números divulgados pela instituição.
Além das atividades do seu câmpus-sede, a universidade conta com 11 campi no Norte de Minas, no Vale do Jequitinhonha e no Noroeste, alcançando cerca de 40% do estado.
O reitor da Unimontes, Antonio Alvimar Souza, salienta que a instituição, desde que foi criada, ofereceu grande contribuição para a melhoria da qualidade de vida no Norte de Minas, que está entre as regiões mais carentes do estado. Também trouxe, segundo ele, benefícios para outras áreas de Minas do país, por meio das atividades de ensino, pesquisa e extensão e da prestação de serviços.
“Podemos dizer que se trata de uma universidade que veio para mudar o cenário do Norte de Minas e trazer contribuição para o desenvolvimento de outras regiões de Minas, como os Vales do Jequitinhonha e do Mucuri e do Noroeste, para o Estado de Minas Gerais e para o Brasil”, afirma o reitor.
“Com certeza, diferentemente do que ocorria há 60 anos, hoje, a universidade tem novos desafios diante de um cenário de modernidade, com uma clientela diferenciada, com novas demandas com uma sociedade cada vez mais estruturada a partir das novas tecnologias”, afirma Alvimar Souza.
“A Unimontes tem o desafio de continuar crescendo. A universidade não perde o seu rumo porque, na verdade, ela também é a propulsora do desenvolvimento da sociedade das regiões onde atua”, complementa.
O aniversário da Unimontes será comemorado em solenidade marcada para as 20h desta terça-feira, no Salão de Eventos da 11ª sub-seção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Montes Claros. Além de apresentações artísticas e culturais, durante o evento serão prestadas homenagens aos fundadores, ex-reitores e benfeitores da universidade.
HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE
A Fundaçao Norte Mineira de Ensino Superior (FUNM), atual Unimontes, foi criada pela Lei Estadual 2.615, de 24 de maio de 1962, de autoria do ex-deputado Cícero Dumont.
Em 1963, surgiu a primeira unidade de ensino superior do Norte de Minas, a então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (Fafil), tendo como mantenedora a Fundação Educacional Luiz de Paula (Felp). Em abril de 1963, foram iniciadas atividades dos cursos de Geografia, História, Letras e Pedagogia nas instalações do Colégio Imaculada Conceição.
Em 1965, os cursos foram transferidos para o casarão centenário da antiga Fafil, na rua Coronel Celestino, onde está instalado o Museu Regional do Norte de Minas (MRNM), no Centro histórico de Montes Claros.
Em 1965, foi implantada a Faculdade de Direito do Norte de Minas (Fadir), primeira unidade da FUNM. Em 1966, a Fafil desliga-se da Felp e passa a integrar a FUNM.
Na sequência, foram criadas outras unidades da FUNM: a Faculdade de Medicina (Famed), em 1969; a Faculdade de Administração e Finanças (Fadec) com os cursos de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas, em 1972; e a Faculdade de Educação Artística (Faceart), em 1987.
Por intermédio da Constituição Estadual de 1989, a FUNM foi transformada na Universidade Estadual de Montes Claros, instituída através do Decreto Estadual nº 30.971, de 9 de março de 1990.
Mas a gratuidade do ensino na instituição só veio acontecer dois anos depois, quando o governo do Estado assumiu integralmente os seus custos orçamentários.
Por meio da Lei Estadual nº 11.517, de 13 de julho de 1994, as antigas faculdades foram extintas, sendo criados os atuais centros de ensino da Unimontes: Centro de Ciências Humanas (CCH), Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) e Centro de Educação Profissional e Tecnológica (CEPT). Depois, foi criado o Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET).
Em 21 de julho de 1994, através da Portaria nº 1.116, foi homologado pelo Ministério da Educação o reconhecimento federal como universidade. Com o reconhecimento federal, a instituição ampliou suas ações fora do câmpus-sede, criando novas unidades em municípios do Norte e Noroeste de Minas e no Vale do Jequitinhonha.