“A sociedade quer o pai presente, mas ela não está preparada para isso”. A frase foi publicada nas redes sociais de Roberto Guimarães, pai da pequena Beatriz. Ele relatou, no último sábado (21), que estava passeando com a filha na Feira dos Produtores, no Bairro Cidade Nova, Região Nordeste de BH, quando a menina pediu para ir ao banheiro e ele enfrentou um problema: o local não tem um banheiro família, que são instalações sanitárias exclusivas para que crianças frequentem acompanhadas dos pais ou responsáveis.
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“E como presidente eleita juntamente com uma diretoria colegiada, temos em nosso objetivo uma série de implementações estruturais inclusive que atenderão melhor às demandas atuais. Mas, ainda assim não aguardamos as mudanças para que possamos atender a todos os clientes indistintamente, como um mercado muito charmoso que é a cara da família da gente, estamos sempre preparados para acolher da melhor maneira aos clientes amigos, temos uma equipe de apoio muito educada sempre pronta a resolver o problema no momento em que surge”, aponta.
A gestão da Feira dos Produtores ressalta, ainda, que, em casos semelhantes ao de Roberto, os clientes são encaminhados a um banheiro privativo, na área administrativa do espaço.
Em BH, banheiros famílias não são obrigatórios. Algumas cidades, como Curitiba e Juiz de Fora, possuem leis municipais que regulamentam a obrigatoriedade dos espaços específicos para famílias em locais de alta circulação, como shoppings e espaços culturais.
Belo Horizonte já teve uma legislação parecida. A lei 10.803 foi promulgada em 2015, mas foi considerada inconstitucional e, por isso, não tem mais validade.
No Senado, o projeto de lei 152, de 2018, também prevê a obrigatoriedade das instalações sanitárias para crianças. O texto está em tramitação e aguarda ser analisado pelas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania e de Direitos Humanos e Legislação Participativa.