A 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Frutal solicitou à Polícia Civil da cidade um prazo de dez dias para que sejam concluídas novas diligências complementares do inquérito da morte de menina, de 5 anos, em ritual religioso.
“Restam algumas diligências para serem concluídas e à medida que elas forem concluídas serão remetidas para a Justiça. Uma coisa é concluir o inquérito, outra coisa é concluir todas as diligências do inquérito”, explicou o delegado responsável pelo caso, Murilo Cézar Antonini Pereira.
Ainda conforme Antonini, não é possível informar quais são essas diligências complementares, ou seja, o inquérito policial agora segue em segredo de Justiça e, desta forma, ainda há detalhes do crime.
Ontem (23/5), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou por meio do seu site que indiciou seis pessoas pelo crime de homicídio com dolo eventual de Maria Fernanda Camargo, de 5 anos, que morreu após sofrer queimaduras em um ritual no dia 24 de março na cidade de Frutal, no Triângulo Mineiro. As investigações da 3ª Delegacia Regional de Frutal concluíram que o guia espiritual e seu auxiliar, além de parentes da vítima - mãe, avós maternos e tia - assumiram o risco de matar a criança.
Eles responderão por homicídio com dolo eventual - aquele que a pessoa prevê que suas atitudes podem resultar na morte de uma outra pessoa, mas, mesmo assim, prossegue com a ação, assumindo o risco de matar.
A mãe da vítima, a avó materna, a tia e o guia estão presos na Penitenciária Professor Aloísio Inácio Oliveira, em Uberaba, a cerca de 130 quilômetros de Frutal. Já o avô de Maria Fernanda e o auxiliar do líder espiritual respondem pelo crime em liberdade provisória.
A Polícia Civil requisitou ao Poder Judiciário pela conversão das prisões temporárias em preventivas, sendo deferidos os pedidos referentes à mãe, à tia, à avó e ao líder espiritual. Quanto ao avô da vítima e ao auxiliar do líder espiritual, a Justiça concedeu liberdade provisória.
As investigações da Polícia de Frutal apontaram que a vítima teria sido utilizada em um ritual de evocação e incorporação de espíritos, na companhia dos avós, da tia e da mãe, sendo que o homem apontado como líder espiritual teria jogado álcool com ervas no corpo da criança e, posteriormente, ateado fogo usando uma vela.
A criança foi queimada viva e morreu em decorrência de queimaduras que atingiram quase 100% do corpo dela. A morte ocorreu na madrugada de quinta-feira, 25 de março, em um hospital de São José do Rio Preto (SP).
A criança foi queimada viva e morreu em decorrência de queimaduras que atingiram quase 100% do corpo dela. A morte ocorreu na madrugada de quinta-feira, 25 de março, em um hospital de São José do Rio Preto (SP).