O secretário de Saúde de Minas, o médico Fábio Baccheretti , alertou nesta quinta-feira (26/5) para a importância da vacinação contra doenças como a gripe, sarampo e poliomielite. Até o momento, as campanhas de vacinação estão com baixa adesão, sendo que, no caso da poliomielite e da tríplice viral, os níveis de cobertura, no ano passado, corresponderam aos de 20 anos atrás.
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'A arma contra a COVID está disponível', diz secretário de Saúde de MG COVID: Minas negociará com Governo Federal a ampliação da quarta dose COVID-19: Minas não registra mortes em 95% das cidades em uma semana Poliomielite: 1º dia de vacinação é de movimento nos centros de saúde de BHSuspeita de sarampo interdita UPA em Montes Claros Índice de vacinação contra sarampo e gripe em Minas está baixoVale anuncia redução da mancha de inundação em barragem de Ouro PretoEle ressalta que é bastante necessário que a população se imunize contra a doença, pois, atualmente, a influenza circula mais que à COVID-19. "Além disso, há o risco do quadro avançar e provocar doenças respiratórias que podem ser graves", completou.
A campanha contra a gripe finalizará no dia 3 de junho e, após este prazo, o imunizante estará disponível para a população em geral. De acordo com o balanço divulgado nessa quarta-feira (25/5), pela Secretaria do Estado de Saúde, a proteção contra a gripe chegou em 36,8%. Na semana anterior, esse número estava em 32,3%.
Vacina de poliomelite e tríplice viral tiveram cobertura com níves de 20 anos atrás
O médico informou haver também baixa adesão na vacinação contra o sarampo, sendo o imunizante o principal responsável no combate à doença. "O sarampo já foi erradicado, no Brasil, em função da vacinação. Por conta da baixa cobertura vacinal, estão surgindo casos no Estado", afirmou.O imunizante é destinado à crianças de seis meses a cinco anos e campanha estará disponível até o dia 3 de junho. "Somente 33,3% do público infantil do estado recebeu a dose da vacina. O Sarampo é uma doença muito contagiosa, até mais que a COVID-19. Então, podemos vencer essa luta, caso todos vacinem", afirmou o secretário da Saúde.
Conforme Baccherett, a vacinação contra a poliomielite, no ano passado, teve níveis de 20 anos atrás, por conta da baixa cobertura vacinal. "Estamos atrasando em duas décadas um ganho conquistado, em relação ao imunizante de poliomelite", afirmou.
A situação também se aplica no caso da vacina tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola. "Estamos dando um passo largo para trás, em relação ao calendário vacinal. Por isso, é muito importante que os pais levem seus filhos para colocar o cartão em dia, sobretudo porque são doenças que podem ser prevenidas com uma simples vacina", explicou o médico.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Diogo Finelli.