O quarto e último dia de audiências para vítimas e testemunhas de acusação do Caso Backer foi aberto com o depoimento do delegado da Polícia Civil que esteve à frente das investigações da contaminação da cerveja Belorizontina, Flávio Grossi. Na tarde desta quinta-feira (26), no Fórum Lafayette, ele destacou a omissão da cervejaria por não suspender imediatamente a comercialização do produto.
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Segundo Grossi, mesmo após a identificação da contaminação, a Backer não suspendeu as vendas. A crítica se dá por não ser possível, à época, determinar se outros lotes da cerveja poderiam também apresentar risco aos clientes.
O delegado ainda ressaltou que o grande consumo de dietilenoglicol, substância tóxica que provocou danos diversos à saúde das vítimas, chamou a atenção da investigação. Grossi afirmou que a Backer aumentou a compra do produto e que não havia qualquer controle ou critério na reposição do elemento na linha de produção.
Os depoimentos acontecem na 2ª Vara Criminal e são fechados para a imprensa. Até o momento, 20 pessoas já foram ouvidas. Mais seis testemunhas são esperadas para esta quinta.
Na próxima fase do processo, serão ouvidas as testemunhas de defesa. Ainda não há data marcada para esta etapa.