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Estado de Minas CASO BACKER

Ouvido pela Justiça, delegado aponta omissão da Backer

Flavio Grossi, delegado da Polícia Civil que participou das investigações da contaminação na fábrica da Backer, reiterou irregularidades encontradas na empresa


26/05/2022 16:55 - atualizado 26/05/2022 17:36

Movimento de pessoas no corredor do Fórum Lafayette
Na tarde desta quinta-feira (26), no Fórum Lafayette, o delegado destacou a omissão da cervejaria por não suspender imediatamente a comercialização do produto (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

O quarto e último dia de audiências para vítimas e testemunhas de acusação do Caso Backer foi aberto com o depoimento do delegado da Polícia Civil que esteve à frente das investigações da contaminação da cerveja Belorizontina, Flávio Grossi. Na tarde desta quinta-feira (26), no Fórum Lafayette, ele destacou a omissão da cervejaria por não suspender imediatamente a comercialização do produto.



Segundo Grossi, mesmo após a identificação da contaminação, a Backer não suspendeu as vendas. A crítica se dá por não ser possível, à época, determinar se outros lotes da cerveja poderiam também apresentar risco aos clientes.

O delegado ainda ressaltou que o grande consumo de dietilenoglicol, substância tóxica que provocou danos diversos à saúde das vítimas, chamou a atenção da investigação. Grossi afirmou que a Backer aumentou a compra do produto e que não havia qualquer controle ou critério na reposição do elemento na linha de produção.

Os depoimentos acontecem na 2ª Vara Criminal e são fechados para a imprensa. Até o momento, 20 pessoas já foram ouvidas. Mais seis testemunhas são esperadas para esta quinta.

Na próxima fase do processo, serão ouvidas as testemunhas de defesa. Ainda não há data marcada para esta etapa. 


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