O show do cantor Gusttavo Lima custará R$ 1,2 milhão aos cofres da Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, município localizado a 167 quilômetros de Belo Horizonte. A reportagem do Estado de Minas apurou que o Executivo da cidade de 17 mil habitantes celebrou contrato com a empresa do artista, a Balada Eventos e Produções Ltda, com sede em Goiânia (GO).
A divulgação do evento em Conceição do Mato Dentro pelo Estado de Minas acontece após Gusttavo Lima entrar na mira do Ministério Público (MP) por receber R$ 800 mil em um evento na cidade de São Luiz, de apenas 8 mil habitantes e com o segundo menor Produto Interno Bruto (PIB) do estado de Roraima - R$ 147,6 milhões (R$ 18.450 per capita). A apresentação está prevista para dezembro, na 24ª edição da vaquejada na cidade.
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Agora, conforme o contrato ao qual a reportagem teve acesso nesta quinta-feira (26/5), Gusttavo Lima cantará em Conceição do Mato Dentro em 20 de junho por um cachê de R$ 1,2 milhão. O show do artista integra a programação do evento intitulado 32ª Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus do Matozinhos.
De acordo com o documento, o pagamento foi dividido em duas parcelas: 50% na assinatura do contrato (R$ 600 mil) e a outra metade (R$ 600 mil) em 15 de junho - cinco dias antes da apresentação do sertanejo.
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Ofício encaminhado ao Ministério Público
O vereador e 2º secretário da Câmara Municipal de Conceição do Mato Dentro, Sidnei Seabra da Silva, encaminhou um ofício no início do mês ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Segundo Seabra, o valor de R$ 1,2 milhão estabelecido no contrato entre a prefeitura e a empresa que representa Gusttavo Lima provém de recursos da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) - uma manobra que caracterizaria improbidade administrativa.
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Questionada pela reportagem sobre as alegações do parlamentar, a assessoria da Prefeitura de Conceição do Mato Dentro afirmou que “a presente contratação foi realizada dentro da legalidade e, neste sentido, as respostas já foram devidamente encaminhadas aos órgãos de controle”.
Ao Estado de Minas, o Ministério Público disse, por meio de nota, que a representação da Câmara Municipal gerou uma “Notícia de Fato”. “Trata-se de um procedimento instaurado para verificar se há elementos que justifiquem a abertura de uma investigação pelo MPMG (inquérito civil). Não há mais detalhes a serem fornecidos no momento”.