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Estado de Minas FEIRA HIPPIE

Feira Hippie: expositores querem volta de alimentos à Afonso Pena

Desde setembro de 2020, depois de seis meses de isolamento social, a feira está com um novo layout


29/05/2022 14:05 - atualizado 29/05/2022 16:24

 

Simone Álves de Souza, que usa avental e toca brancos, frita pastéis
Simone Álves de Souza afirma que preferia que as barracas de alimentação ficassem na Avenida Afonso Pena (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)

 

Os expositores de alimentos e bebidas da Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades, mais conhecida como Feira Hippie, querem o retorno das barracas para o local onde ficavam antes da pandemia da COVID-19. Depois do período de isolamento social por seis meses, a feira retomou às atividades em setembro de 2020. No entanto, devido à necessidade de maior distanciamento entre as barracas, o layout foi alterado. Neste domingo (29/05), havia movimento nos corredores da feira, mas o setor de alimentação não estava tão cheio.

 

"Queremos que a feira volte a ser como era antigamente. Queremos voltar para a Avenida Afonso Pensa", afirma a expositora Simone Álves de Souza que atua há 30 anos na feira. A barraca de pastéis é uma das últimas nas Avenida Álvares Cabral, para onde parte do setor de alimentação foi realocado, desde o retorno do isolamento social devido à COVID-19.

 

Simone não reclama das vendas, mas, não gosta da localização da barraca. Segundo ela, a inclinação da avenida e a distância  que algumas barracas ficaram dos expositores de roupas e outros produtos são aspectos negativos.  Ela lembra da mobilização de expositores, que preparam um abaixo-assinado pedindo o retorno para a Afonso Pena.

 

O setor de alimentação foi realocado em dois grupos: um na Rua Espírito Santo, entre a Avenida Afonso Pena e a Rua dos Carijós, e um outro trecho na Avenida Álvares Cabral, entre a Avenida Afonso Pena e a Rua Goiás.  Moradores das ruas para onde as barracas foram realocadas não estão satisfeitos com a mudança devido ao barulho e a sujeira. 

 

Helena Rocha usa chapéu branco e prepara um prato de tropeiro
Helena Rocha capricha na qualidade do tropeiro para manter a clientela (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
 

Helena Rocha trabalha como expositora há 27 anos na feira e também avalia que a inclinação da Avenida Álvares Cabral é um dificultador das vendas, mas diz que o que garante a clientela é o sabor do feijão tropeiro e a qualidade do atendimento ao público. A barraca está quase no final do trecho da Avenida Álvares Cabral, mas não faltam clientes para o tropeiro que ela serve bem quentinho e caprichado.  

 

Rosa Amélia da Silva Aguiar é uma das expositoras mais antigas da Feira de Artesanato, desde quando a "Feira Hippie", como ficou conhecida, e era realizada na Praça da Liberdade. Ao longo de cinco décadas, ela acompanhou diversas mudanças na feira que, além de ser um local de comercialização, também é um ponto turístico da capital. Rosa Amélia tem opinião um pouco distinta de outros colegas em relação à realocação das barracas de alimentação para a Avenida Afonso Pena.

 

Rosa Amélia da Silva usa roupa branca enquanto prepara o bolinho de acarajé
Uma das expositoras mais antigas, Rosa Amélia prepara acarajés há 50 anos na feira (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
 

Para ela, o maior beneficiado com a mudança do setor de alimentação é o cliente, que ganhou mais espaço. "Estou gostando. O mais beneficiado com a mudança é o cliente", diz. No entanto, ela admite que pode demorar um pouco mais para o movimento de clientes começar para as barracas que ficam mais próximas à Rua Goiás.  "Quem fica mais para cima é que está reclamando. Para eles, o movimento pode começar um pouco mais tarde,  mas também estão vendendo. Se você chega às 14h já não tem mais nada para vender", afirma. 


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