Jornal Estado de Minas

ESTADO DE GREVE

Professores da rede privada de BH fazem paralisação nesta quarta-feira


Os professores da rede privada de ensino de Belo Horizonte e Região vão paralisar as atividades nesta quarta-feira (1/6). A nova assembleia pode terminar com a decretação de uma greve definitiva, caso a negociação com as escolas particulares não avance. 





 

Desde 1º de abril, professores e representantes das escolas particulares em tratativas, segundo o Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro). Na assembleia da última terça-feira (24/5), a categoria se reuniu com o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe-MG) para negociar as pautas do movimento. Além disso, os docentes decretaram estado de greve.

 
Um novo encontro entre as partes está previsto para esta terça-feira (31/5). O Sinpro vai levar o que foi discutido nas negociações para a assembleia de quarta-feira, às 10h, no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Após a reunião, a categoria decidirá pela paralisação definitiva ou não. 

A principal reivindicação dos professores é por um reajuste salarial de 19,7%, com acréscimo de 5% de ganho real, além das perdas inflacionárias calculadas pela categoria. Já as escolas oferecem 5% de reajuste para profissionais do ensino básico e 4% para os de ensino superior, segundo o Sinpro.





O porta-voz do Sinepe-MG, Paulo Leite, afirmou que a entidade está aberta à negociação e disponível ao entendimento para chegar a um acordo.

“Já tivemos momentos, no passado, em que a distinção de interesses era mais ampla e conseguimos chegar no lugar comum, para atender as demandas tanto das instituições particulares de ensino quanto dos profissionais que trabalham em nossas instituições.”

Leite ressalta ainda que o funcionamento das escolas será normal na quarta-feira. “Não dá mais para prejudicar o andamento do ensino que foi muito prejudicado na pandemia. Este é um processo de maturação que envolve a compreensão de ambas as partes para as limitações que existem para que possamos nos adequar”.

“Somos geradores de empregos importantes e responsáveis por uma representatividade expressiva de empregabilidade no mercado de trabalho, não só quanto aos docentes, mas profissionais administrativos e todo o entorno impactado pela nossa ação”. 





O Sinpro foi procurado pela reportagem do Estado de Minas para falar sobre as negociações, mas até a publicação desta matéria não respondeu ao pedido.

Acusações de assédio moral


Antes da assembleia da semana passada, professores relataram casos de assédio moral por parte das escolas. Elas estariam exigindo que os funcionários assinassem documentos para informar se participariam ou não da paralisação.

O Sinpro informou que levaria os casos para a Justiça, alegando comportamento antssindical e infração do direito constitucional de greve pelas escolas.

Em nota, o Sinepe afirmou desconhecer o comportamento citado por parte das instituições de ensino filiadas ao seu quadro.