Minas Gerais registrou 17 mortes e 5.081 novos casos de COVID-19, nas últimas 24 horas, segundo dados do balanço epidemiológico da Secretaria do Estado de Saúde (SES-MG). Ontem (30/5), o estado contabilizou cinco óbitos e 7.460 pessoas testaram positivo para a doença.
Desde o último dia 16, Minas registou cerca de 45 mil novos casos e mais de 150 mortes. O crescimento de registros de COVID-19 já era esperado pelas autoridades de saúde mineiras, como o secretário de estado da Saúde, o médico Fábio Baccheretti. Ele alegou que a alta está ligada ao caráter sazonal da doença.
“A COVID-19 vai aumentar. O que estamos observando agora, nada mais é do que o esperado. Não há cepas novas, não é um momento de fragilidade vacinal da população.”
No entanto, algumas cidades avaliam a possibilidade do retorno obrigatório. Até o momento, 61.566 pessoas morreram e 3.415.691 tiveram a doença confirmada em Minas.
No início deste mês, o governo liberou o uso das máscaras em locais fechados em todo o estado. Atualmente, 127.671 casos estão em acompanhamento, ou seja, não evoluíram para óbito, cuja condição clínica permanece sendo acompanhada ou aguarda atualização pelos municípios. A faixa etária que mais registrou infecção pelo vírus foi de 30 a 39 anos, sendo 21,9% dos casos. Em seguida, estão as pessoas de 40 a 49 anos (18,8%) e de 20 a 29 anos (18,1%).
A quantidade de óbitos, por sua vez, foi predominantemente em mineiros com mais de 60 anos, 71%. Depois, estão as faixas etárias de 50 a 59 anos (15,5%) e de 40 a 49 anos (7,9%). Segundo o Estado, 68% das vítimas tinham comorbidades, como cardiopatia, diabete, obesidade, doença renal, pneumopatia, entre outras.
Vacinômentro de Minas Gerais
Segundo informações da SES-MG, 89,2% da população do estado já tomou a primeira dose da vacina contra a COVID-19. Já a segunda dose foi aplicada em 83,01%. Além disso, 58,5% do público alvo recebeu a terceira dose ou primeira dose de reforço. Ao todo, o Governo de Minas enviou mais de 46,7 milhões de doses do imunizante aos municípios mineiros.
Apesar dos avanços na cobertura vacinal, Baccheretti afirmou estar preocupado com a vacinação de idosos e crianças, tendo em vista que somente 27,79% desse público, pessoas com mais de 60 anos, tomou a quarta dose ou segunda dose de reforço. “A arma contra a COVID está disponível. Então não podemos deixá-la de lado”, destacou.
No caso do público pediátrico, mesmo que 69,43% das crianças tenham recebido a primeira dose do imunizante, a segunda dose foi aplicada em apenas 35,06%. “A imunização é somente eficaz com as duas doses. Por isso, é importante que os pais ou responsáveis levem suas crianças ao posto de saúde. Estamos acelerando a vacinação infantil, pois é um dos públicos mais acometidos por doenças respiratórias”, explicou o secretário da Saúde, em uma coletiva feita na última quinta-feira (26/5).
Beccheretti acredita que essa baixa adesão da vacinação contra o novo coronavírus está ligada às fake news. “Há disseminação de notícias falsas ligadas à vacina, mesmo que mais de 1,9 milhão de crianças tenham tomado sem ter maiores efeitos colaterais. Todos os pais que levaram os filhos para vacinar, perceberão que não houve problemas graves. Com isso, muitos acreditam que só uma dose é o suficiente, mas não é. A imunização precisa ser completa”.
Além disso, há um estranhamento da população, já que não está acostumada a tomar duas doses de outras vacinas, em um curto período. “Não é comum que as vacinas anuais, como a gripe, tenham duas doses. Portanto, essa nova rotina pode ter atrapalhado a adesão”, afirmou o médico.