A Vale faz nesta terça-feira (31/5), depósito em juízo no valor de R$ 1,2 bilhão referente ao Acordo Judicial de Reparação Integral (AJRI) dos prejuízos causados pelo rompimento da barragem da empresa em Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019. Os recursos serão transferidos ao governo de Minas Gerais para serem revertidos em projetos para melhorias na mobilidade urbana e no fortalecimento de serviços públicos.
O acordo foi firmado em fevereiro de 2021 entre a empresa, o governo de Minas e instituições de Justiça. Ao todo, o termo prevê R$ 37,7 bilhões para reparar e compensar todos os danos coletivos causados pelo rompimento da barragem. Segundo a Vale, desse total, cerca de R$ 18,5 bilhões já foi desembolsado pela empresa.
O valor depositado hoje é referente ao pagamento das terceiras parcelas, corrigidas pela inflação, para o Programa de Mobilidade Urbana – que tem valor estimado de R$ 4,95 bilhões – e ao Fortalecimento do Serviço Público – no montante de R$ 3,65 bilhões. Os projetos são custeados por esses recursos e geridos e executados pelo governo do estado.
A empresa informa que, entre as obrigações de pagar previstas no acordo, algumas já foram integralmente quitadas, com valores atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), como a contratação temporária de pessoal e os Projetos de Segurança Hídrica, para realizar obras que reforcem o abastecimento público da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Também foram transferidos R$ 4,4 bilhões para implantação do Programa de Transferência de Renda (PTR), solução definitiva para os pagamentos emergenciais aos atingidos, pagos entre abril de 2019 e outubro de 2021 pela mineradora. A empresa ressalta que, desde novembro, o programa é gerido pelas instituições de Justiça, sem a participação da Vale, e operacionalizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), instituição escolhida pelas partes.