Os professores das escolas privadas de Belo Horizonte decidiram, nesta quarta-feira (1º/6), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, entrar em greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (6/6). Depois de semanas de negociação, a categoria teve o pedido de reajuste negado pelo sindicato patronal.
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A greve está prevista para acontecer nas instituições privadas de Belo Horizonte e de outras quatrocentas cidades de Minas onde Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep), também abrange. Somente duas escolas ficaram sem aula, de acordo com o Sinep nesta quarta-feira.
Nesta quarta-feira (1º/6), os professores realizaram assembleia geral e anunciaram paralisação, a exemplo do que ocorreu em 24 de maio. No último encontro, que ocorreu na terça-feira (24/5), a vereadora e professora de literatura Duda Salabert (PDT) estava presente e manifestou seu apoio à causa. Hoje, ela também participou do protesto e reafirmou que a recomposição salarial é necessária para fortalecer a categoria novamente.
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A presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro), Valéria Morato, disse que a categoria tenta recuperar perdas
altas nos salários dos últimos anos: "A greve não diz respeito primeiramente a nenhum direito a menos. O sindicato patronal insiste em retirar direitos dos professores e professoras do setor privado. Além disso, demonstra desvalorização no modo como trata os professores quando oferece 5% para educação básica, e 4% pro ensino superior, sendo que o INPC de 2022 é 11,73%", argumentou.
Ela acrescentou também que o valor do reajuste proposto não recompõe nem a metade do INPC de 2022.
* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie.