Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

UFMG não vai mais suspender aulas em turmas com casos confirmados de COVID

 
 
A UFMG publicou nessa quinta-feira (2/6) uma atualização do seu plano de retorno presencial. Foi retirada a recomendação de que nas turmas onde houvessem três casos de pessoas que testaram positivo para COVID-19, as aulas seriam suspensas. A universidade afirma que todas as medidas de proteção seguem vigentes.




 
 
 
Agora, a orientação é de que aqueles que testem positivo para COVID-19 devem se afastar por 10 dias. Todas as turmas seguirão funcionando normalmente.
 
A atualização ocorreu duas semanas após a Faculdade de Medicina da UFMG suspender as aulas de três turmas pelo elevado número de casos de contaminação pelo coronavírus.
 
“A alta cobertura vacinal – no Brasil, em Minas Gerais, em Belo Horizonte e na UFMG –, o uso obrigatório de máscaras e o monitoramento com isolamento de casos confirmados nos nossos campi tornam a suspensão de atividades uma providência com pouca efetividade, que não compensa os danos ao andamento do semestre letivo e ao funcionamento pleno da UFMG”, afirmou Cristina Alvim, coordenadora do Comitê da UFMG de Enfrentamento ao Novo Coronavírus.




 

"Pandemia não acabou"

O epidemiologista e infectologista Geraldo Cunha Cury concordou com a mudança. Ele, que também é professor da Faculdade de Medicina da UFMG, afirmou que a universidade tem tido uma política muito consequente no enfrentamento à COVID-19.
 
Porém, ele pontuou que a decisão de não cobrar o cartão de vacinação de toda a comunidade acadêmica não foi a mais correta. “Teríamos muito mais tranquilidade se isso tivesse sido feito”, afirmou.
 
“Vemos algumas pessoas resistentes à vacinação que continuam sem vacinar. Inclusive, 30% da população brasileira não se vacinou”, acrescentou.
 
O professor chamou atenção para o fato de que a pandemia não acabou. “Houve uma grande melhora do número de pessoas infectadas e a incidência da doença diminuiu muito. Mas ainda estamos com pessoas nos hospitais morrendo de COVID”, concluiu, destacando que as pessoas que não se vacinaram são as mais expostas ao vírus.




 
* Estagiário sob supervisão da editora Ellen Cristie.  
 

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