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Estado de Minas PANDEMIA

UFMG não vai mais suspender aulas em turmas com casos confirmados de COVID

Na atualização do plano de retorno presencial, universidade retira recomendação de suspensão das aulas nos casos em que professor ou alunos testem positivo


03/06/2022 15:26 - atualizado 03/06/2022 16:24

Praça de Serviços da UFMG, com estudantes usando máscaras
Seguem vigentes as recomendações de uso da máscara em ambientes fechados e abertos, atenção aos sintomas da doença e que sejam evitadas aglomerações (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A. Press)
 
 
A UFMG publicou nessa quinta-feira (2/6) uma atualização do seu plano de retorno presencial. Foi retirada a recomendação de que nas turmas onde houvessem três casos de pessoas que testaram positivo para COVID-19, as aulas seriam suspensas. A universidade afirma que todas as medidas de proteção seguem vigentes.
 
 
Agora, a orientação é de que aqueles que testem positivo para COVID-19 devem se afastar por 10 dias. Todas as turmas seguirão funcionando normalmente.
 
A atualização ocorreu duas semanas após a Faculdade de Medicina da UFMG suspender as aulas de três turmas pelo elevado número de casos de contaminação pelo coronavírus.
 
“A alta cobertura vacinal – no Brasil, em Minas Gerais, em Belo Horizonte e na UFMG –, o uso obrigatório de máscaras e o monitoramento com isolamento de casos confirmados nos nossos campi tornam a suspensão de atividades uma providência com pouca efetividade, que não compensa os danos ao andamento do semestre letivo e ao funcionamento pleno da UFMG”, afirmou Cristina Alvim, coordenadora do Comitê da UFMG de Enfrentamento ao Novo Coronavírus.
 

"Pandemia não acabou"

O epidemiologista e infectologista Geraldo Cunha Cury concordou com a mudança. Ele, que também é professor da Faculdade de Medicina da UFMG, afirmou que a universidade tem tido uma política muito consequente no enfrentamento à COVID-19.
 
Porém, ele pontuou que a decisão de não cobrar o cartão de vacinação de toda a comunidade acadêmica não foi a mais correta. “Teríamos muito mais tranquilidade se isso tivesse sido feito”, afirmou.
 
“Vemos algumas pessoas resistentes à vacinação que continuam sem vacinar. Inclusive, 30% da população brasileira não se vacinou”, acrescentou.
 
O professor chamou atenção para o fato de que a pandemia não acabou. “Houve uma grande melhora do número de pessoas infectadas e a incidência da doença diminuiu muito. Mas ainda estamos com pessoas nos hospitais morrendo de COVID”, concluiu, destacando que as pessoas que não se vacinaram são as mais expostas ao vírus.
 
* Estagiário sob supervisão da editora Ellen Cristie.  
 

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