Jornal Estado de Minas

SUPERAÇÃO

Menina com hidrocefalia surpreende e começa a andar sozinha

 
Conheça uma menina que faz jus ao próprio nome. Com apenas 11 anos, a história de vida de Kemily Vitória já é repleta de luta, determinação e conquistas. 




 
Ela nasceu com hidrocefalia, uma patologia causada pelo aumento da quantidade de líquido cefalorraquidiano (LCR) nos ventrículos do cérebro e que prejudica a coordenação motora.
 
Há quatro meses, a paciente deu início ao tratamento na Clínica de Fisioterapia da Universidade de Uberaba (Uniube) e vem surpreendendo os profissionais pelos bons resultados nesse curto período.
 
 
 
Segundo informações da assessoria de imprensa da Uniube, no primeiro contato com os fisioterapeutas, a menina, que usava para longas distâncias a cadeira de rodas e para curtas o andador, foi diagnosticada com hipertonia nos pés, escoliose em “S”, o pé direito em inversão e fraqueza de glúteos.
 
“Então fomos trabalhando com ela para tirar cada vez mais o andador. Hoje ela consegue, em curtas distâncias, andar sem auxílio.
 
A Kemily conseguiu melhora no padrão adutor e no de flexão de joelho. Usamos a tala para que ela fique em pé, facilitando a marcha dela sozinha”, comemora a mestre em pediatria, Karla Marina da Silva.




 
Em quatro meses, Kemily Vitória ganhou força muscular, adquiriu funcionalidade e mobilidade nas pernas e já anda em pequenas distâncias. “Não importa a maneira como a criança se locomova, o importante é que ela se locomova de forma independente, que ela consiga essa atuação, mesmo que não seja de forma perfeita, e isso ela já conquistou.
 
Ela já tem uma independência e isso para nós é favorável. Para nós, que estudamos o movimento, que o nosso objetivo é a locomoção e independência da criança, acho que já conquistamos isso”, enalteceu a professora de Pediatria.
 

A luta da menina começou com apenas um ano de vida


Segundo Maria Geane, a mãe de Kemily, com um ano de vida, a sua filha realizou uma cirurgia para a colocação de uma válvula para drenagem do líquido excessivo. “Minha pequena grande guerreira”, diz Maria Geane quando se refere à Kemily. “Com apenas 11 anos, ela já superou inúmeros desafios. É tanta evolução. Ela não sabia pedalar e aqui ela conseguiu. Foi uma emoção tão grande que eu não tenho nem palavras para expressar a alegria que eu senti naquele momento. Sou uma mãe muito grata a Deus por tê-la em minha vida. Só tenho gratidão."