Nos últimos 14 dias, Belo Horizonte registrou 6.180 novos casos confirmados do novo coronavírus e 9 mortes pela doença. A informação foi confirmada pelo Comitê Popular de Enfrentamento à COVID-19 neste sábado (4/6). Além disso, o grupo ainda apontou que os casos estão em crescimento desde 27 de abril, quando a prefeitura da capital mineira desobriga o uso de máscaras em ambientes fechados.
Enquanto isso, o número de casos em BH chegou em 80.016 até o momento. “Observa-se uma queda vertiginosa das taxas de incidência e mortalidade durante todo o mês de abril. A partir do dia 27 de abril, quando a Prefeitura de Belo Horizonte desobriga o uso de máscaras em ambientes fechados, observa-se uma estabilização da taxa de incidência por 14 dias seguida de um crescente aumento dessa taxa”, informa o grupo em nota.
“É importante destacar que ainda não tivemos impacto significativo na taxa de mortalidade uma vez que trata-se de um indicador que tende a aumentar, como consequência ao aumento da incidência da doença, após pelo menos 21 dias após aumento da incidência de casos”, acrescenta.
Por outro lado, também foi informado que Belo Horizonte já registrou até o momento 405.422 casos de síndrome gripal e 6.650 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) neste ano.
Comitê Popular
O Comitê Popular de Enfrentamento à COVID-19 foi formado na última sexta-feira (3/5) pelos infectologistas que trabalharam por dois anos junto com a prefeitura da capital para o controle da pandemia na cidade e outras entidades da área de saúde. A iniciativa busca alertar para a permanência do risco representado pelo coronavírus e quer a retomada do boletim epidemiológico do município com mais informações.
O comitê da PBH foi dissolvido em março deste ano, após o fim do estado de calamidade pública na cidade. Concomitante à saída dos médicos da equipe que gerencia as ações para controle da pandemia na capital, o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde também passou por mudanças.
Depois de cerca de dois anos com edições diárias de segunda a sexta-feira, o documento passou a ter duas edições semanais e informações reduzidas a partir de abril. Dados como a ocupação de leitos nos hospitais e a taxa de transmissão do vírus na cidade não constam mais nos boletins divulgados atualmente pelo município.
Além dos infectologistas do antigo grupo da prefeitura, fazem parte do Comitê Popular representantes das seguintes entidades: Comitê de Enfrentamento à COVID-19 da UFMG, Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia, Associação de Usuários de Serviços de Saúde Mental de Minas Gerais, Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais, Diretório Central dos Estudantes da UFMG (DCE/UFMG).
E mais: Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, Observatório de Políticas e Cuidados em Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG, Pastoral da Saúde, Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, Sindicato dos Enfermeiros de Minas Gerais, Sindicato das Psicólogas e Psicólogos de MG.
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