Na tarde desta terça-feira (7), professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciaram paralisação das atividades a partir desta quinta (9/6), em protesto aos cortes na educação e recomposição salarial.
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Protesto
No dia da paralisação, haverá uma nova assembleia na Praça Afonso Arinos, em Belo Horizonte, às 15h30 em primeira convocação e às 16 horas em segunda e última convocação.
Corte de gastos
Um dos argumentos utilizados pelos professores foi o fato dos cortes orçamentários afetarem toda a comunidade acadêmica - como membros do setor administrativo, setor de limpeza e alimentação, segurança e etc - não somente o corpo docente.
De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o corte no orçamento das universidades federais poderá afetar mais de 70 mil pesquisas, 2 mil delas relacionadas à pandemia do COVID-19. O balanço foi divulgado no dia 31 de maio.
Dados do IBGE apontam que a verba destinada para as universidades públicas em todo país até 2021, foi 37% menor do que a verba destinada em 2010. O último corte divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), de 14,5%, equivale a R$ 3,23 bilhões. Esse orçamento inclui despesas como auxílio estudantil, bolsas de programas estudantis e gastos referentes à manutenção de segurança das instituições e contas de água e telefone.
Ontem, o APUBHUFMG integrou, de forma virtual, uma audiência que ocorreu na Câmara dos Deputados, que debateu sobre os cortes nas universidades.
A vice presidente do APUBH, Analise de Jesus da Silva reforçou o convite para o ato e ressaltou a importância das causas que nele serão defendidas: "reforçar os dados trazidos e o chamado para o dia 9 de junho contra os 16,5 bilhões de cortes nas verbas; aprovar requerimento marcando audiência pública com o Ministério da Economia; entregar os requerimentos das entidades da Educação e o relatório da audiência de hoje ao ministro Paulo Guedes; denunciar mais um corte na Agricultura Familiar - redução de 59 milhões para 89 mil reais, lembrando que a merenda escolar deve ser adquirida dessa produção e que, portanto, é sim pauta da Educação e, consequentemente, corte transversal na Educação", disse.