Além de celebrar o encontro entre as pessoas e a confraternização entre os luso-descendentes, o evento envolveu o público com atrações gastronômicas e culturais.
Restaurantes de destaque da cidade apresentam comidas típicas, além de cozinhas-show, artesanato e shows musicais de artistas brasileiros e portugueses.
Promovida pela Câmara Portuguesa de Minas Gerais, a festa é uma forma de estreitar os laços sócio-culturais entre Brasil e Portugal.
Com a temperatura, novamente, em queda em BH, a novidade desta edição foi a harmonização dos vinhos brasileiros com a gastronomia portuguesa. Toque todo especial, que combina ainda mais com o clima mais frio. Uma celebração eno-gastronômica.
A portuguesa Bárbara Guerra, acompanhada da mãe brasileira Andréa Guerra, e de amigos portugueses, contou que há oito anos frequenta a festa. Ela destacou que gosta muito da música e da comida além, claro, de resgatar boas lembranças: "Traz memórias das festas de rua de Portugal, e é uma oportunidade de conhecer outros portugueses".
Bárbara, que nasceu em Póvoa de Varzim, no Porto, em Portugal, é estudante de arquitetura na PUC-Minas, e disse que mora em Belo Horizonte há 11 anos: "Além de tudo que a festa oferece, o espaço é especial. O entorno do museu recebe mais pessoas. Lembro que a festa começou na Praça Marília de Dirceu, mas cresceu tanto que precisou de outro lugar. Como futura arquiteta, é bacana também um evento que ocupa e vive a cidade".
Bolinhos de bacalhau
Gabriela elogiou o novo espaço: "Na Marília de Dirceu era apertado, aqui no Museu é mais amplo, confortável, com área de circulação, mais organizado e, praticamente, não enfrentei fila".
Flagrada para a foto com uma porção de bolinhos de bacalhau, Gabriela garantiu que "estavam quentinhos e maravilhosos". E ela ainda lembrou de outro prato típico e tradicional da culinária portuguesa que busca nos cardápios para degustas: "O bacalhau Gomes de Sá, do restaurante do Porto, delicioso. Bacalhau desfiado, batatas cozidas, ovos cozidos, salsinha, cebola e azeitonas, acompanhado de arroz", é mesmo para dar água na boca.
E Gabriela revelou que, apesar do compromisso para uma festa junina da qual é voluntária, não deixou de passar pela Festa Portuguesa: "Estava até à caráter, com roupa típica de quadrilha. Mas não poderia perder". E olha que tem tudo a ver, já que celebrar os santos de junho é uma tradição que os brasileiros herdaram dos portugueses. Na terrinha, as festas juninas são chamadas de "festas dos santos populares" e também têm bandeirolas, barraquinhas vendendo quitutes e muita música. Com certeza.