As máscaras voltarão a ser obrigatórias em locais fechados de Belo Horizonte. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (13/6), a secretária Municipal de Saúde, Cláudia Navarro, anunciou a medida, que entra em vigor a partir de amanhã (14/6).
De acordo com a secretária, o aumento no número de casos de doenças respiratórias registrado nas últimas semanas motiva o decreto. Cláudia avalia que a medida busca evitar novos casos não apenas de COVID, mas de outras viroses.
Inicialmente, as máscaras serão obrigatórias em todos os locais fechados até 31 de julho, quando se espera um cenário mais controlado da transmissão do vírus.
A decisão foi tomada após uma reunião do comando da Saúde com o prefeito da capital, Fuad Noman (PSD), nesta manhã. A desobrigação completa das máscras na capital foi anunciada em 28 de abril, valendo por pouco mais de um mês.
Conforme noticiado pelo Estado de Minas na última semana, o aumento nos atendimentos, especialmente de pediatria, preocupa as autoridades de BH e é apontado como motivação crucial no retorno das máscaras.
"Estamos tendo um aumento no número de novos casos por 100 mil habitantes. Apesar desse aumento, não estamos tendo aumento no número dos óbitos e nem casos graves que necessitam de internação. Esse aumento, juntamente com a incidência de doenças respiratórias, principalmente em crianças que acontece nessa época e seria de se esperar, leva a uma dificuldade de dar assistência ambulatorial. Com isso, a partir do momento que obrigamos o uso da máscara, nós vamos não só diminuir a transmissão do (corona)vírus como também a transmissão de outras viroses, principalmente nas crianças e nos pacientes acima de 60 anos", avalia a secretária.
Vacinação infantil
Continuando a falar sobre a preocupação com o aumento da incidência de doenças respiratórias em crianças, a secretária citou o desempenho abaixo do esperado da vacinação infantil contra a COVID. De acordo com o último boletim da prefeitura, divulgado em 10 de junho, apenas 57% do público entre 5 e 11 anos recebeu a segunda dose do imunizante na capital.
“Com certeza não são as crianças que falam: 'eu não quero tomar a segunda dose’. São os pais e responsáveis que muitas vezes não levam seus filhos. Uma dessas questões está relacionada com a possibilidade de efeitos colaterais, complicações, ´e uma vacina nova, não temos dúvida, mas que todos os estudos feitos até hoje não mostram uma complicação que impeça a aplicação dessa segunda dose”, disse.
Cláudia Navarro completou dizendo que a chance de complicação gerada pela vacina é muito menor que os benefícios que a proteção contra a COVID pode trazer tanto para a criança quanto para a população em geral.