A Polícia Civil concluiu o inquérito da Operação Castelo de Areia, deflagrada pelas PCs mineira e carioca no final de abril, em Muriaé, na Zona da Mata Mineira. De acordo com a corporação, 19 pessoas, entre elas um policial militar, foram indiciados por crimes como organização criminosa, associação ao tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.
"Objetivo foi desarticular uma organização criminosa. Foram 17 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão [na Operação Castelo de Areia]. Na operação foram apreendidos aproximadamente R$79 mil reais, veículos de luxo e sequestrada uma chácara de valor aproximado de R$1 milhão" destacou o delegado responsável pelo caso, Glaydson Souza.
Segundo o delegado, a organização criminosa contava com agentes da segurança pública e também com funcionários de um banco da região de Muriaé. Sobre o policial militar indiciado, ele poderá pelos crimes de organização criminosa duplamente majorada, por seis crimes de corrupção passiva e por associação para o tráfico de drogas.
Os processos, de cada um dos indiciados, vão para a Justiça, que irá definir se serão julgados e quais penas irão cumprir, ou se serão inocentados.
Operação Castelo de Areia
A Operação Castelo de Areia foi deflagrada no dia 26 de abril deste ano em Muriaé e em Rio das Ostras (RJ). A ação contou com o apoio de 50 policiais civis e da Coordenação Aerotática da PCMG.
As investigações, segundo a corporação, duraram um ano. Na Operação, a PC apreendeu mais de R$120 mil, quatro armas de fogo, diversas munições e dez veículos usados pela organização criminosa.
"Entre os carros apreendidos, há veículos blindados, de luxo e um caminhão utilizado para o transporte de drogas. Foi formalizada também a medida cautelar de sequestro de três imóveis avaliados em R$ 1.400.000, bem como bloqueados valores em conta bancária dos investigados", finalizou Glaydson.