Um protesto na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) na tarde desta quarta-feira (15/6) reuniu ativistas, jornalistas e estudantes, que cobravam respostas e acusaram o governo federal de omissão no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, que sumiram dia 5 de junho na Amazônia.
Leia também: Dom Phillips e Bruno Pereira: suspeito confessa ter matado dupla
Durante a manifestação, o suspeito Osney da Costa confessou à Polícia Federal ter matado Dom e Bruno. Os corpos teriam sido decapitados e queimados na terra indígena do Vale do Javari, na Amazônia. Entre os manifestantes, pessoas usavam blusas e seguranvam cartazes com o questionamento de "Onde estão Bruno Pereira e Dom Phillips?"
Paulo Maia, professor e antropólogo, estava na manifestação e comentou que os manifestantes etsão aguardando um pronunciamento oficial sobre a situação dos desaparecidos. "Mesmo assim, estamos esperando o pior diante da situação. Estamos muito tristes com tudo isso, mas também já pensando no que vamos fazer daqui para frente", disse.
Ele confirmou também que os manifestantes presentes ressaltaram a posição omissa e irreponsável do governo federal frente as buscas. "As buscas foram lentas e pouco eficientes, e se formos considerar os depoimentos do próprio presidente da república (Jair Bolsonaro) sobre o que estava acontecendo, torna inadimissível", argumentou.
Leia: Bolsonaro sobre Dom Phillips: 'Esse inglês era malvisto na região'
A vereadora Macaé Evaristo e pré-candidata a deputada estadual pelo PT,membros de movimentos indígenas, e Kleber Gesteira - pai de Beatriz Gesteira, esposa de Bruno Pereira estavam presentes apoiando o ato.
*estagiária sob supervisão do editor João Renato Faria