É comum para quem transita pela orla da Lagoa Central, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, deparar-se com dezenas de capivaras. O lazer em observar a rotina dos animais se tornou traumatizante para uma moradora da cidade que viu o roedor estendido no asfalto da rua após ser atropelado. Outros bichos da mesma espécie estavam próximos ao local.
“Gente, olha que dó, uma capivara foi atropelada e não consegue levantar, e a família toda olhando. Está escuro, mas tem umas dez”, relatou Amália Rocha.
Com o objetivo de evitar um novo atropelamento, ela sinalizou o local com galhos de árvore e tentou levar o roedor para perto da calçada.
“O que mais me doeu foi ver a família dela assistindo ela agonizar e não poder fazer nada”, disse.
Amália não conseguiu contato com a Polícia Militar de Meio Ambiente para resgatar o animal. Outros moradores se prontificaram a buscar ajuda, e o corpo da capivara foi retirado por uma equipe da prefeitura por volta das 12h desta quarta-feira (15/6).
Orientação
Segundo o sargento Moreira, da Polícia Militar de Meio Ambiente de Lagoa Santa, as capivaras da Lagoa Central transitam com frequência pela orla no período noturno, pois o fluxo de pessoas e veículos diminui. Assim, elas se sentem à vontade em buscar grama para se alimentarem.
Moreira orienta os moradores a acionarem Polícia Militar, prefeitura ou Corpo de Bombeiros caso vejam um animal silvestre acidentado. O telefone do batalhão de Meio Ambiente é 2123-1616. Se não conseguir contato, pode fazer via 190 ou 193.
Conforme o sargento, os órgãos públicos se encarregam do resgate e do transporte do animal a uma clínica veterinária. Outra opção para o cidadão é transportar o animal a um posto policial apenas para avisar.
Falta de efetivo
O pelotão de Lagoa Santa funciona até as 19h e existe apenas uma viatura para atender 10 municípios vizinhos.
A dificuldade de efetivo em Lagoa Santa foi muito debatida nas redes sociais. Na página de notícias Vetor Norte, um morador questionou a ausência de um plano de manejo de capivaras em Lagoa Santa.
Outras pessoas disseram que “os veículos têm passado pela orla da lagoa em alta velocidade” e criticaram a falta de medidas de proteção aos animais pelo poder público.