Moradores de 117 vilas e favelas de Belo Horizonte devem receber acesso gratuito à internet nos próximos meses. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou, nesta quinta-feira (23), o início da segunda etapa do projeto, que já levou internet gratuita para 101 comunidades de BH.
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PM encontra veículos com vestígio de sangue de assaltantes em ItajubáItajubá: PM prende suspeito de envolvimento em ataque a bancoAlta do diesel pressiona circulação de ônibus em DivinópolisA nova etapa também traz mudanças no formato dos cursos profissionalizantes oferecidos pelo programa. “Será integrado com empresas que tem demanda de profissionais de tecnologia para oferecer uma experiência de aprendizagem mais rica. Vamos lutar para que a pessoa já saia do processo empregada”, conta Garcia.
De janeiro a maio deste ano, a iniciativa já formou mais de 1800 alunos. “A ideia não é levar apenas internet, mas proporcionar a inclusão digital baseada em capacitação. Além do uso, queremos que as pessoas sejam criadoras de tecnologia”, afirma o diretor presidente da Prodabel.
Com a implantação do projeto, a Prefeitura espera gerar emprego e renda. Segundo o prefeito Fuad Noman, o programa será importante na formação de novos talentos para trabalhar no setor de tecnologia da informação. "Temos mais de 370 mil vagas de especialista na área. Estamos formando essas pessoas para ocupar esses cargos", afirmou.
Inclusão digital
Morador da Pedreira Prado Lopes, Gleidson Santos, de 51 anos, comemora a internet gratuita. “Não é todo mundo que tem condições de pagar internet, apesar de ter um celular”, conta. Segundo ele, o serviço chegou na comunidade há cerca de 15 dias. “A internet mostra o mundo para nós”, disse.
A iniciativa também prevê a doação de computadores ou dispositivos móveis para os domicílios que não têm equipamentos de acesso à internet. “Esses computadores eram lixo eletrônico e passaram por um processo de recondicionamento. Hoje vão servir à inclusão digital de BH”, conta o diretor presidente da Prodabel.
Na primeira etapa, o programa disponibilizou 45 mil tablets para os alunos utilizarem durante os cursos de capacitação e foram doados mais de mil computadores para instituições carentes da comunidade.
O programa também tem parceria com a rede municipal para oferecer aulas de programação a crianças. “Temos feito várias oficinas muito legais, com crianças a partir de 4 anos, para apresentar o mundo da tecnologia e novas possibilidades de profissões que eles nunca poderiam imaginar”, afirma Garcia.