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Estado de Minas SAÚDE

COVID-19: vacinação infantil segue a passos lentos em Minas

Taxa de aplicação da segunda dose cresceu de 35% para 45%, mas ainda está abaixo do esperado pela Secretaria de Estado da Saúde


24/06/2022 14:59 - atualizado 24/06/2022 16:18

Imagem mostra criança tomando vacina
Proteção das crianças contra o coronavírus enfrenta atraso e desconfiança de pais ou responsáveis (foto: Norberto Duarte/AFP)
Com números abaixo do esperado, a cobertura vacinal entre crianças preocupa as autoridades: 30% desse público ainda não tomou a primeira dose da vacina, enquanto 50% não foi imunizado com a segunda dose. A informação foi dada pelo secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (24).

Segundo Baccheretti, a taxa de aplicação da segunda dose cresceu de 35% para 45%. "Conseguimos crescer 10 pontos percentuais a vacinação de crianças, mas ainda restam muitas para tomar vacina", afirma.

A propagação de notícias falsas é um dos fatores que comprometem a vacinação infantil. "A gente nunca atingiu a meta de vacinação de forma fácil, mesmo antes da COVID-19. Mas essas fake news cresceram e tiveram um impacto em todo o esquema vacinal infantil, inclusive de outras doenças", disse o secretário.

Segundo ele, as crianças não estão sendo internadas pela COVID-19, mas, sim, por doenças rotineiras sazonais. "Ela é só um fator a mais. Outras doenças respiratórias chamam mais a atenção para a saúde da criança do que a COVID-19", disse.

No Estado, a taxa de internação de crianças por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) está em 21%. Apesar disso, Baccheretti diz que há uma expectativa de que o pico de doenças respiratórias, especialmente em crianças, já passou.

"Vamos lembrar que, se todas estivessem vacinadas, a gente praticamente não haveria internações ou óbitos. Isso demonstra que temos a arma na mão e esse número poderia ser menor ainda", complementa.

 


Ele confirma a alta de casos no Estado, mas diz que o cenário está dentro do esperado. "Nós já esperávamos esse aumento sazonal. Estamos tendo uma alta de casos respiratórios comuns nessa época do ano", declara.

Baccheretti ainda descarta a ocorrência de uma quarta onda da doença. "Está muito longe do que vivenciamos em janeiro e fevereiro com a Ômicron. O que estamos vivendo agora é o aumento sazonal de doenças respiratórias", disse.


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