Minas Gerais registrou 17.112 novos casos por COVID-19, segundo dados do boletim epidemiológico da Secretaria do Estado de Saúde (SES-MG), desta segunda-feira (27/6). Já o número de mortes desde o último boletim, divulgado na sexta-feira passada (24/6), foi de 49.
Desde o surto entre janeiro e fevereiro, essa é a maior quantidade de casos registrada no estado em um boletim da SES. No boletim de 28 de fevereiro, foram registrados 36.596 casos em 24 horas.
Esse cenário de alta no número de registros já era esperado pelas autoridades de saúde. "Nós já esperávamos esse aumento sazonal. Estamos tendo uma alta de casos respiratórios comuns nessa época do ano", afirmou o secretário de Saúde de Minas Fábio Baccheretti, durante uma coletiva na sexta.
Esse cenário de alta no número de registros já era esperado pelas autoridades de saúde. "Nós já esperávamos esse aumento sazonal. Estamos tendo uma alta de casos respiratórios comuns nessa época do ano", afirmou o secretário de Saúde de Minas Fábio Baccheretti, durante uma coletiva na sexta.
Até o momento, Minas Gerais contabilizou 3.589.431 casos de COVID-19, sendo que 3.443.448 foram recuperados. Já a quantidade de mortes confirmadas foi de 62.064. Atualmente, 83.919 pessoas estão em acompanhamento, ou seja, não evoluíram para óbito, cuja condição clínica permanece sendo acompanhada ou em atualização pelos municípios do estado.
Minas está longe de quarta onda
Baccheretti afirmou que, mesmo com o crescimento de novos casos confirmados da doença, a ocorrência de uma quarta onda é descartada. “Está muito longe do que vivenciamos em janeiro e fevereiro com a Ômicron. O que estamos vivendo agora é o aumento sazonal de doenças respiratórias", disse.
Além disso, segundo a avaliação do secretário de Saúde, a curva de mortes ainda é baixa. "Nós estamos cada vez mais com uma menor relação entre casos, internações e óbitos. Fruto do sucesso da vacinação", afirma.
A vacinação da quarta dose ou segunda dose, por sua vez, foi recebida somente por 45,78% do público alvo. A partir desta segunda, com o objetivo de aumentar a imunização dos belo-horizontinos, a Prefeitura de Belo Horixonte (PBH) começará a vacinar as pessoas com mais de 40 anos com a segunda dose de reforço.
Cobertura pediátrica ainda é baixa
A cobertura pediátrica do imunizante contra COVID ainda está abaixo do esperado pelas autoridades de saúde. Até o momento, 30% da população infantil ainda não recebeu a primeira dose da vacina, enquanto 50% não foi imunizada com a segunda dose.
Segundo Baccheretti, a taxa de aplicação da segunda dose cresceu de 35% para 45%. "Conseguimos crescer 10 pontos percentuais a vacinação de crianças, mas ainda restam muitas para tomar vacina", afirma.
A propagação de notícias falsas é um dos fatores que comprometem a vacinação infantil. "A gente nunca atingiu a meta de vacinação de forma fácil, mesmo antes da COVID-19. Mas essas fake news cresceram e tiveram um impacto em todo o esquema vacinal infantil, inclusive de outras doenças", disse o secretário.
Além disso, segundo ele, as crianças não estão sendo internadas pela COVID-19, mas, por doenças respiratórias sazonais. "Ela é só um fator a mais. Outras doenças respiratórias chamam mais a atenção para a saúde da criança do que a COVID-19", disse.
(Com informações de Silvia Pires)
*Estagiária sob supervisão
*Estagiária sob supervisão