Na manhã desta terça-feira (28/6) foi deflagrada a operação Higia do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), junto com a Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (DEPEN). Essa operação tinha como objetivo o cumprimento de 14 mandados de prisão preventiva e 40 de busca e apreensão em seis cidades do estado, incluindo Belo Horizonte.
Leia Mais
Homem que matou por disputa entre facções é condenado a 16 anos de prisãoEx-presidente da Santa Casa de JF, filha e genro são denunciados pelo MPMGEx-prefeito, secretário e vereadores são condenados por corrupção MP realiza operação contra crime organizado e cumpre mandados em SabaráPolícia desmancha esquema de propina em vistoria de veículos em IpatingaFormiga: ex-secretário e servidores são acusados de denunciação caluniosaPrefeito e empresários são denunciados por fraude na compra de medicamentosEx-prefeito de Paracatu é condenado a ressarcir município em R$ 675 milTJMG confirma liberdade de detidos em operação de pirâmide financeira Delegado suspeito de envolvimento com 'golpe do seguro' segue foragidoSegundo as investigações, havia uma organização criminosa no Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), no Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) e no Departamento Estadual Investigação Crimes de Trânsito (Deictran). Essa organização era voltada para a prática de crimes de corrupção passiva, ativa e de lavagem de dinheiro, mediante o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos desses departamentos.
As investigações também revelaram que os policiais civis investigados recebiam de criminosos, a maioria traficantes de drogas, vantagens para que não houvesse efetivo enfrentamento dos crimes praticados por eles. Os contatos entre esses policiais e os criminosos, além do recolhimento e entrega do dinheiro dos traficantes, tinham como intermediador um advogado, que também teve sua prisão preventiva decretada.
Essa operação, que recebeu o nome da deusa grega Higia, contou com a participação de quatro promotores de Justiça, oito servidores do Ministério Público do Estado de Minas Gerais; além de 60 policiais civis, 99 militares e outros 30 policiais penais.
A data dessa operação coincidiu com outra ação, de natureza semelhante, deflagrada pela Polícia Federal e Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais, com outros alvos de dentro da Polícia Civil. Ambas foram deferidas pelo Juízo da 2ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de Belo Horizonte e com atuação da 11ª Promotoria de Justiça da Comarca de Belo Horizonte.