O delegado Rafael Lopes Azevedo, titular da Delegacia Especializada em Investigação e Repressão ao Furto, Roubo e Desvio de Carga, está foragido após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decretar a prisão preventiva dele e de outras oito pessoas suspeitas de lavagem de dinheiro, corrupção e tráfico de drogas.
Os mandados foram cumpridos pela Polícia Federal (PF), durante a Operação Forseti, na manhã desta terça-feira (28/6).
O grupo, que contava com policiais civis, é acusado de receber dinheiro para esvaziar uma investigação sobre um "laboratório" de cocaína em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo a Polícia Federal, os envolvidos liberaram um preso e devolveram 36 quilos de cocaína apreendidos.
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Além de Rafael Lopes, Guilherme da Mata Vieira, Raphael França Olinquevicz, Gladyston Gabriel Ferreira, Marcelo Gonçalves Ferreira e Paulo Victor Teixeira foram afastados das suas funções na Polícia Civil.
R$ 600 mil
A descoberta do esquema se deu após um telefone de um advogado ser apreendido em uma operação de busca e apreensão. A investigação aponta que Rafael e outros servidores públicos receberam cerca de R$ 600 mil em propina.
A soltura do preso se deu após uma série de erros cometidos pelo delegado na lavratura do auto de prisão em flagrante.