Minas Gerais registrou 10.991 casos e 39 óbitos por COVID-19 nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemológico da Secretaria de Estado de Saúde.
Em na comparação entre os dois últimos meses, houve aumento de 295% de novos casos confirmados da doença – 53.285 diagnósticos em maio, contra 210.551 em junho.
O número de novos óbitos aumentou 130% – 253 em maio e 583 neste mês.
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Unaí Tupinambá, do Comitê Popular de Belo Horizonte de Enfrentamento à COVID, afirmou que a variante Ba-2 é uma das principais responsáveis pelo aumento dos casos no país. “E já estão aparecendo as variantes Ba-4 e Ba-5 na vigilância genética da COVID”, disse.
Além das novas variantes, Tupinambá colocou o “negacionismo de certas autoridades” que “tentaram acabar com a pandemia por decreto” como fator relevante para esse aumento.
“Nós devíamos, durante o ano todo, ter mantido a obrigatoriedade da máscara em locais fechados. A prefeitura de BH voltou atrás, o que foi bom. É uma ferramenta muito importante para evitar a transmissão da covid”, declarou.
E completou: “a gente tem visto a letalidade reduzindo, mas é preciso deixar bem claro que a média de 220 mortes no Brasil por dia é inaceitável. É muita gente morrendo, infelizmente, por COVID".
Entre as recomendações feitas pelo infectologista para lidar com a nova onda estão: máscaras de qualidade; melhorar a ventilação dos ambientes fechados; atualizar o calendário vacinal; manter a higienização das mãos; procurar a testagem nos postos de saúde se surgirem sintomas de gripe, dor de cabeça, febre e não acreditar que é uma “gripezinha”; e manter o isolamento em casos confirmados.
Em BH
Em Belo Horizonte, os últimos dados atualizados foram publicados na segunda-feira (27). Em comparação com os dados da sexta-feira (24), foram registrados 2.505 novos casos só na capital e seis mortes.
A vacinação na capital mineira está com cobertura de 100,3% da segunda dose para a população com 12 anos ou mais. Já em relação à terceira dose, a cobertura é de 82,7%. O que preocupa é a cobertura do público infantil, do qual apenas 83,3% tomaram a primeira dose e 58,6% a segunda.
* Estagiário sob supervisão do subeditor Thiago Prata