O início do mês de julho coincidente com a chegada de novo pico da pandemia de coronavírus (SARS-CoV-2) e traz preocupação para as autoridades sanitárias, às voltas também com outros quadros respiratórios típicos do outono-inverno, como a gripe.
Para se ter uma ideia de quanto pode ser esse agravamento, no ano passado, em Belo Horizonte, de acordo com números do Ministério da Saúde (MS), a quantidade de pessoas internadas por doenças respiratórias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foi 15% maior em julho do que em junho. As internações saltaram de 1.056 casos para 1.215. O mês também superou, em 11,4%, a média mensal de 1.090,5 pacientes em estado grave por causa de doenças respiratórias que demandaram internações entre janeiro e junho.
Um incremento pode trazer reflexos tanto nos centros de saúde quanto nos hospitais que oferecem leitos para internações respiratórias. Tomar a vacina, que tem freado casos graves continua sendo a principal medida de proteção.
Para se ter uma ideia de quanto pode ser esse agravamento, no ano passado, em Belo Horizonte, de acordo com números do Ministério da Saúde (MS), a quantidade de pessoas internadas por doenças respiratórias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foi 15% maior em julho do que em junho. As internações saltaram de 1.056 casos para 1.215. O mês também superou, em 11,4%, a média mensal de 1.090,5 pacientes em estado grave por causa de doenças respiratórias que demandaram internações entre janeiro e junho.
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A cobertura vacinal sobre idosos e crianças são dois fatores que podem trazer agravamento e estão na mira das autoridades sanitárias para evitar nova pressão nas unidades de saúde e mortes. “Temos ainda alguns desafios. Estamos incentivando a vacinação infantil. Em Minas Gerais, 45% da população pediátrica tomou as duas doses da vacina contra o novo coronavírus. E estamos em busca ativa para que os idosos tomem o segundo reforço (4ª dose)”, disse Baccheretti.
Até o momento, 17,5% dos adultos já tomaram a vacina pela quarta vez em Minas Gerais. A taxa de letalidade (casos positivos para o vírus e que morreram) é de 1,7%, contra 2,2% do Brasil. Em Minas, 89,51% da população adulta tomou a primeira dose; 83,79% a segunda; 62,11% a primeira dose de reforço e 17,50% a segunda. Entre o público infantil, 70,26% está imunizado com a primeira dose e 44,91% também com a segunda.
NA FILA
Com muita tosse, o vigilante patrimonial Cristiano Pereira, de 49 anos, foi buscar auxílio pelo seu plano particular no Centro de Promoção da Saúde da Unimed, no Bairro Santa Efigênia, Leste de BH, onde a ocupação já é grande. “Tem gente demais, todo mundo tossindo e levou mais de uma hora para eu ser atendido. A gente fica com receio de chegar com gripe e voltar com uma COVID-19, mas não tem outro modo. É o único atendimento que a gente tem”, lamenta.
Mesmo tomando vários cuidados,como usar máscaras em ambientes fechados até quando era permitido ficar sem ela e evitar aglomerações, o engenheiro eletrônico David Soares, de 33, e a sua mulher, a professora Viviane Soares, de 30, também apresentaram sintomas gripais, como nariz escorrendo e febre. A solução foi procurar também o Centro de Promoção da Saúde da Unimed, onde recebeu guias para exames. “A gente tenta ter sempre cuidado nesta época. Nós dois tomamos duas doses da vacina contra o novo coronavírus e nos cuidamos, justamente porque temos um filho pequeno, de 9 meses, que não pode se vacinar. Isso aumenta nossas preocupações também”, disse.
As crianças estão entre os grupos mais afetados pelas doenças sazonais do inverno, uma preocupação a mais para pais de filhos com menos de 5 anos e que não podem receber a vacina contra o novo coronavírus. É o caso da desempregada Roseli Fernandes, de 32, que levou a filha Manuela, de 2, ao Centro de Saúde São Geraldo, no Bairro São Geraldo, Região Leste de BH. “Acho que ela está gripada. Com o nariz escorrendo e tossindo. A gente fica preocupada de encontrar um posto de saúde cheio e sair com COVID. Mas a gente mantém a distância e fica no espaço aberto para evitar problema”, disse Roseli.
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