Ele teve a sua prisão preventiva decretada pela justiça, através da 2ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores.
Rafael é procurado pela "Operação Terceiro", realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), comandada pela Polícia Federal (PF) e integrada pelas polícias Militar, Civil e Penal.
A operação foi deflagrada na última terça-feira, e cerca de 10 integrantes da quadrilha já estão presos.
O delegado Rafael, que é conhecido no meio da Polícia Civil como "Tchô-Tchô", era investigado por envolvimento em crimes de veículos, como "esquentar" documentos e até mesmo o golpe do seguro veicular, detalhes ainda desconhecidos da Polícia Federal.
O nome do delegado, segundo uma fonte da Polícia Civil, pode estar envolvido em pelo menos dois processos, que estariam na justiça, envolvendo o golpe do seguro.
Segundo a fonte, os veículos eram segurados em duas empresas do ramo.
Os carros eram roubados e os proprietários, que na maioria das vezes eram laranjas, recebiam o dinheiro do seguro, repassado ao grupo de policiais.
Depois, a "vítima" recebia o veículo, que deveria ter sido repassado à seguradora, e permanecia com este.
Uma das empresas de seguro vítima do golpe é a Allianz, que em 2015 ressarciu um Honda Civic.
O processo é registrado sob o número 2017/024000037.001.006421826/61, no inquérito PCNrt, e na justiça recebeu o número 15.015.468-0.
Outra vítima é a Sompo Seguradora.
Nesse inquérito, que recebeu o número 1186724-14.2018.8.13.0024, de 22/11/2018, o dinheiro também foi recebido e o bem ressarcido à suposta vítima.
Nesse processo é questionada a conduta do delegado, no caso “Tchô-Tchô”.
Policiais que não foram relacionados no grupo do tráfico de drogas, segundo essa fonte, também estariam ligados ao delegado nos crimes cometidos nos tempos em que ele era delegado da Furtos de Veículos.
A Polícia Federal não dá informações sobre o caso, alegando que isso poderia prejudicar as investigações.