Jornal Estado de Minas

UBERLÂNDIA

Procon e Polícia apreendem quatro toneladas de sabão possivelmente piratas

Mais de quatro toneladas de sabão em pó com indícios de falsificação foram apreendidas em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, durante ação da Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) e da Polícia Civil. Parte do produto será encaminhada à fabricante para realizar a perícia, e o restante será recolhido para descarte.





Ocorreram apreensões em um supermercado e um centro de distribuição nessa segunda-feira (4/7) e um caminhão nesta terça (5/7).

De acordo com a superintendente do Procon de Uberlândia, Elisabeth Duarte Ribeiro, a equipe chegou ao local após denúncias de consumidores. "No supermercado, foram constatadas 57 caixas de sabão em pó com fortes indícios de adulteração. Essas caixas foram retidas, e, a partir daí, começamos a investigar”, explicou.

Indícios


Entre os indícios de falsificação está o lacre de abertura, que não é removível. O fechamento da embalagem é feito com cola quente, há erros de ortografia e impressão, e a data de fabricação/lote não é grafada em alto relevo, como o produto original.

Os consumidores observaram também que o produto possui granulagem grossa e não faz espuma em abundância. “Percebemos que a vedação da caixa é bastante precária, pois o sabão vaza nas extremidades”, disse a superintendente.





A recomendação da superintendência é que o consumidor observe os indícios do material e, caso desconfie que o produto adquirido seja falso, procure o mercado para a troca, sem custo. Caso não tenha êxito, deve acionar o Procon pelos canais oficiais.

A Associação Mineira dos Supermercados em Minas Gerais (Amis) foi advertida sobre a possível adulteração para que a informação seja repassada aos supermercadistas.

Cabem à Polícia Civil e à Receita Estadual investigações dos crimes contra ordem econômica, tributária e fiscal.

Fabricante


Em nota, a marca do produto que pode ter sido pirateado informou que “acompanha de perto as investigações de todos os casos de falsificação dos quais é vítima, cooperando com as autoridades policiais sempre que solicitada”.

As empresas que vendiam ou estocavam o produto serão investigadas, mas, inicialmente, são consideradas vítimas.