Dia claro, abuso de velocidade em estrada reta, rodovia de pista simples: associadas a colisões frontais, essas são as condições que mais mataram nas estradas federais que cortam Minas Gerais em 2022 (de janeiro a abril), segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nesse intervalo, 288 pessoas perderam a vida em 244 acidentes envolvendo 412 veículos, que deixaram também 245 feridos. Um alerta para quem sai de viagem nas férias escolares – e que ainda terá de enfrentar no roteiro situações adversas e interdições.
Com o objetivo de chamar a atenção de viajantes para as principais armadilhas nas BRs mineiras, a equipe do Estado de Minas fez um levantamento sobre quais são as circunstâncias e as principais causas de desastres fatais nos caminhos que mais levam mineiros aos seus destinos de férias.
Com o objetivo de chamar a atenção de viajantes para as principais armadilhas nas BRs mineiras, a equipe do Estado de Minas fez um levantamento sobre quais são as circunstâncias e as principais causas de desastres fatais nos caminhos que mais levam mineiros aos seus destinos de férias.
Os dados da PRF recomendam atenção especial para a BR-381, que já registrou 56 mortos no período avaliado, e com a BR-040, com 53, as duas com mais óbitos. Entretanto, reportagem do EM mostrou em 26 de junho que a estrada que liga Brasília ao Rio de Janeiro, passando por Minas Gerais, foi em 2021 a rodovia que proporcionalmente mais matou no país.
O trecho mineiro da BR-040 registrou no ano passado média de um óbito a cada 12 acidentes, enquanto a BR-381 em Minas ficou na quinta posição nacional por esse critério, com uma vida perdida a cada 14,7 desastres. As demais no ranking das cinco mais letais são as BRs 376 e 277, no Paraná, e a BR-116, no Rio de Janeiro.
O trecho mineiro da BR-040 registrou no ano passado média de um óbito a cada 12 acidentes, enquanto a BR-381 em Minas ficou na quinta posição nacional por esse critério, com uma vida perdida a cada 14,7 desastres. As demais no ranking das cinco mais letais são as BRs 376 e 277, no Paraná, e a BR-116, no Rio de Janeiro.
Motoristas que pretendem seguir pela BR-040 no sentido Rio de Janeiro devem ficar atentos ao comportamento defensivo contra imprudências, uma vez que dos 30 acidentes com mortes registrados no segmento, a maioria se deu por reação tardia ou ineficiente do condutor (seis registros) e excesso de velocidade (cinco). É recomendável que se preste atenção também ao comportamento dos pedestres, já que os atropelamentos também estão entre as causas com maior número de vítimas (cinco). As condições mais comuns dessas fatalidades foram as colisões frontais em pleno dia, com céu claro e em retas de pistas simples.
Já o outro sentido da rodovia, entre a capital mineira e o estado de Goiás, dos 30 acidentes que resultaram em mortes, os motivos mais recorrentes, com três registros cada, foram acessar a via sem observar a presença dos outros veículos, ausência de reação do condutor e reação tardia ou ineficiente do condutor. Os tipos de acidentes mais frequentes nesses desastres foram as colisões traseiras, em plena noite de céu aberto, em retas de pistas duplas.
Trecho mais movimentado da BR-381, a Rodovia Fernão Dias, que liga a capital mineira a São Paulo, registrou 33 acidentes com vítimas no período avaliado, sendo que as causas mais comuns foram a velocidade incompatível dos veículos (seis registros), a reação tardia ou ineficiente do condutor (cinco) e pedestres andando na rodovia (cinco). As colisões traseiras foram os registros mais frequentes que resultaram em mortes, a maioria em noites de céu aberto, em retas de pistas duplicadas.
No sentido Governador Valadares, o mais perigoso da BR-381, há locais conhecidos pela tragédia e que passam por obras. É lá que fica o trecho de 100 quilômetros e mais de 200 curvas, entre BH e João Monlevade, que se tornou conhecido como “Rodovia da Morte”.
Em toda a extensão desse segmento da via, ocorreram 18 acidentes com óbitos, sendo a maior parte causada pela velocidade incompatível (cinco registros), ausência de reação do condutor (três) e reação tardia ou ineficiente do condutor (três). Colisões frontais e tombamentos foram as ocorrências mais frequentes, com os desastres ocorrendo em sua maioria em pleno dia, com céu claro, em curvas de pistas simples.
Em toda a extensão desse segmento da via, ocorreram 18 acidentes com óbitos, sendo a maior parte causada pela velocidade incompatível (cinco registros), ausência de reação do condutor (três) e reação tardia ou ineficiente do condutor (três). Colisões frontais e tombamentos foram as ocorrências mais frequentes, com os desastres ocorrendo em sua maioria em pleno dia, com céu claro, em curvas de pistas simples.
O pior acidente deste ano, até abril, ocorreu no sábado 26 de março, no Km 475,5 da BR-251, em Francisco Sá, no Norte de Minas. Uma ultrapassagem indevida em uma reta, por volta das 11h50 de um dia claro, acabou com uma colisão entre três veículos. Como consequência do desastre, seis pessoas morreram e oito ficaram feridas. A via é uma das mais violentas do estado e já deixou 31 vítimas nos quatro primeiros meses do ano. Confira na arte os números relativos aos desastres fatais no período, suas principais causas e circunstâncias. Esteja atento aos riscos, às condições do tempo, não dirija cansado e faça uma boa viagem!