Jornal Estado de Minas

OPERAÇÃO LUDÍBRIO

Homem usa certificação falsa do Exército para obter armas de uso restrito


 
Força-Tarefa, coordenada pela Polícia Federal (PF) e em conjunto com as polícias Civil, Militar e Penal de Minas Gerais, cumpriu nessa quinta-feira (14/7) em Uberaba, no Triângulo Mineiro, três mandados de busca e apreensão contra um homem, de 36 anos, com 16 passagens policiais e agora suspeito de usar um Certificado de Registro como Caçador e Atirador Esportivo (CAC) falso, do Exército Brasileiro, para conseguir autorização de sete armas de fogo, que são destinadas apenas a caçadores, atiradores e colecionadores.




 
A operação recebeu o nome de Ludíbrio, sendo que os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Cível e Criminal da Justiça Federal de Uberlândia.
 
Com o documento, segundo informações da Polícia Federal (PF), o suspeito conseguiu registrar as armas no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma) e no Exército Brasileiro.
 

Material apreendido

 
Durante a operação, segundo informações divulgadas pela PF de Uberaba, foram apreendidos um revólver, duas carabinas, um fuzil, duas pistolas, uma espingarda e várias munições de calibres diversos.
 
Além disso, foi apreendido com o investigado um veículo de luxo Jaguar, "registrado em nome de um possível laranja, sem capacidade financeira para aquisição de um bem desse valor".
 
Já em uma das empresas, de propriedade do alvo, foram encontradas grandes quantidades de bebidas alcóolicas desacompanhadas de notas fiscais, sendo que a Receita Estadual foi acionada para verificação da procedência da mercadoria.




 
O investigado poderá ser indiciado pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documento falso, cujas penas podem variar entre 2 a 8 anos de reclusão.
 

16 passagens policiais

 
Ainda conforme a PF de Uberaba, o homem possui na justiça, em 1ª instância, 16 registros como réu ou investigado em processos ou inquéritos policiais, sendo, entre esses, cinco indiciamentos feitos pela PC por fraude processual, homicídio qualificado, roubo, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
 
No entanto, mesmo assim, conseguiu obter o CAC, com a utilização de uma declaração de idoneidade falsa, além de certidão negativa obtida junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais.