A ArcelorMittal terá que pagar mais quatro meses de auxílio emergencial às famílias atingidas em Itatiaiuçu, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O acordo complementar ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado nessa quinta-feira (14/7) pela empresa, pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pelo Ministério Público Federal (MPF).
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Risco de rompimento de barragem apavora comunidade em ItatiaiuçuApós novo estudo, famílias deixam as casas em Itatiaiuçu devido ao risco em barragemDesalento e revolta: como moradores de Itatiaiuçu reagiram a mais uma evacuaçãoNovo estudo força a saída de mais 23 famílias de área de risco de barragem em ItatiaiuçuSerá descontado da prestação referente a julho o valor de um salário mínimo, o qual já foi pago pela empresa no dia 6 deste mês.
O objetivo da prorrogação é a reparação do direito à moradia e os danos materiais, inclusive às atividades econômicas (trabalho e renda), além de danos morais ocasionados a dezenas de famílias, sendo parte dos moradores do bairro Pinheiros, incluindo as localidades de Vieiras e Lagoa das Flores.
O caso
A ArcelorMittal é dona da barragem de rejeitos da Mina de Serra Azul, que entrou em nível 2 de emergência em fevereiro de 2019, um mês após à morte de 270 pessoas na tragédia de Brumadinho.
Esse alerta serve para instruir a retirada de pessoas antes de um possível rompimento.
Mais de 250 famílias foram obrigadas a deixar suas casas. Outras 400 acabaram sendo afetadas pelas mudanças na região, segundo os atingidos.
Na época, a empresa divulgou que todos os núcleos familiares estavam sendo assistidos corretamente, incluindo realocados, sitiantes e famílias que tiveram renda impactada ou estão em situação de vulnerabilidade.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata