A Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (OAB/MG) afirmou, neste domingo (17/7), que está acompanhando o caso do homem que morreu durante uma ação da Polícia Militar na Vila Barraginha, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O homem, que é suspeito de ser chefe do tráfico de drogas na região, seria o terceiro executado pelos militares em menos de duas semanas, segundo a nota da OAB.
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O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MG, William Santos, afirmou, em contato com o Estado de Minas, que "dois dos políciais foram presos em flagrante", após a denúncia do caso. A ação que ocorreu por volta das 22h de sábado (16/7), teria sido realizada para "buscar cerca de 60 mil reais".
"Eles serão exemplarmente punidos pela Justiça e esperamos que, os envolvidos, sejam excluídos dos quadros da Polícia Militar", ressaltou William. Posteriormente, o presidente da CDH OAB/MG falou que essas situações como esse "crime contra a vida, um crime de execução", realizadas por "poucos policiais, acabam por afetar a imagem da corporação".
Por fim, William aponta que espera que os outros militares envolvidos sejam afastados.
Os militares afirmaram que o homem tentou pegar a arma de um policial e que, para se defender, atiraram três vezes nele. Ele teria sido encaminhado para o Hospital Municipal de Contagem ainda vivo, mas não teria resistido aos ferimentos, segundo a PM.
Confira a nota da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil
Nesta manhã deste domingo, 17/07, recebemos uma ligação de um parente de um morador da Vila Barraginnha da "cidade industrial" de Contagem, solicitando ajuda da OAB.
Com ela as imagens de vídeo, um deles mostra uma execução feita por um PM que arrasta uma pessoa (que dizem ser traficante) e atira à queima roupa no rosto daquele, que segundo antes clamava por sua vida já prevendo o seu destino, fatos estes acontecidos na noite do sábado, dia 16.
Esta é a terceira execução no local em menos de 2 semanas.
A CDH por meio de um de seus membros acompanha o caso desde as 01:30 horas da manhã, acionou as autoridades, como o MP e a própria Ouvidoria de Polícia do Estado.
Segundo os moradores, esta execução e outras se deram porque o suposto traficante e outros não "pagaram" os valores de suposta corrupção cobradas e devidas aos policiais, fatos estes que por si constituem-se como gravíssimos e que exigimos que sejam investigados rigorosamente
Também famílias que não têm ligações com crimes estão sendo achincalhadas por PM's.
Nesta tarde o Ouvidor de Polícia do Estado, o Dr Paulo Alkimim em resposta, nos disse que dois militares foram identificados e estão presos.
Aguardamos e acompanhamos os encaminhamentos e os seus resultados.
BH em 17 de julho de 2022.
William Santos
Diretoria de Inclusão da OAB/MG.