Jornal Estado de Minas

TRANSPORTE PÚBLICO

Metroviários de BH podem iniciar greve geral a partir de 1º de agosto


Os metroviários de Belo Horizonte poderão entrar em greve a partir de 1º de agosto caso o tíquete alimentação da categoria – que deveria ter sido pago nesta quarta-feira (20/7) – não seja depositado até 30 de julho. A definição ocorreu hoje durante assembleia na Estação Central com a presença de funcionários e lideranças do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG).



Ao Estado de Minas, o sindicato informou que a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) será comunicada dessa decisão, por meio de ofício, nesta quinta-feira (21/7). “Eles anunciaram que não há data para o pagamento do tíquete, que deve atrasar. Então, se isso realmente ocorrer, vamos entrar em greve”.

Em movimentos grevistas anteriores, os funcionários criticaram a privatização do metrô de BH – que, inclusive, em setembro de 2021, teve um projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados para colocar a iniciativa em curso.

Ainda este ano, entre março e abril, os metroviários paralisaram parte das atividades por mais de 40 dias. Em caso de nova greve, cerca de 70 mil passageiros podem ser afetados em dias úteis.

Procurada pelo EM, a CBTU-BH informou que tomou conhecimento da assembleia marcada pelo Sindimetro pelas redes sociais.



“A Companhia informa que tomará todas as medidas administrativas e judiciais possíveis, a fim de garantir a manutenção do serviço de transporte sobre trilhos à população da Região Metropolitana de Belo Horizonte, caso haja deflagração de greve”.

Privatização


Em 14 de junho, o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Scharlack Marcato, declarou que a licitação para privatizar o metrô de Belo Horizonte seria lançada neste mês.

Segundo ele, a Seinfra tem R$ 4,5 bilhões para investir em mobilidade a título de compensação, que se dá em benefício do estado como um todo. Desse montante, R$ 428 milhões são destinados para o metrô da RMBH.

O projeto completo prevê recursos da ordem de R$ 3 bilhões. Logo, segundo Marcato, o restante deverá ser garantido em articulações de Minas com o governo federal.

Também estão previstas a instalação de mais duas estações na linha 1 e a construção e operação de um novo trecho, a linha 2, popularmente chamada como "linha do Barreiro".