O anúncio da concessão à inciativa privada para gerenciar o trecho da rodovia MG-424 que liga Pedro Leopoldo, na Grande BH, a Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, trouxe preocupação sobre a cobrança do pedágio.
Nesta quarta-feira (20/7), o secretário de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (Seinfra), Fernado Marcato, se reuniu com a prefeitura de Pedro Leopoldo para falar sobre a expansão do trecho. Serão feitas obras de infraestrutura como rotatórias, passarelas, duplicação de 12,7 quilômetros de rodovia e 10 quilômetros de acostamento.
A prefeita Eloísa Helena afirma que não é contra o desenvolvimento da região, mas se opõe à implantação do pedágio na forma como está o projeto em razão da ausência de grandes intervenções no trecho que compreende Pedro Leopoldo.
“No projeto como está, Pedro Leopoldo é o único que não terá grandes benefícios e ainda assim irá pagar o pedágio. São José da Lapa não pagaria, Vespasiano não pagaria. Pedro Leopoldo já possui uma via duplicada. Neste momento, de acordo com o projeto que temos em mãos para ser executado, a cidade só teria prejuízos”.
Isenção no pedágio
A chefe do Executivo de Pedro Leopoldo apresentou uma proposta para que o governo de Minas conceda a isenção das taxas aos veículos emplacados em Pedro Leopoldo.
"A nossa preocupação coma cobrança é que penalize financeiramente os moradores e afaste a possibilidade de trazer empresas para o município. Por isso, a gestão fez o pedido de algumas intervenções que não estão contempladas no projeto e da possível isenção dos veículos com placa de Pedro Leopoldo".
Segundo a prefeitura, a Senifra se mostrou aberta à demanda e prometeu uma resposta. A expectativa é que o consórcio Previcon, vencedor da licitação, comece as intervenções na estrada em agosto. Os pedágios devem ser cobrados após nove meses.
A concessão da MG-424 à iniciativa privada deve gerar 230 empregos. O investimento girará em torno de R$ 450 milhões.