O vice-prefeito de Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Anderson Wester de Sousa (Republicanos), de 54 anos, foi preso, nessa quinta-feira (21/07), após ser denunciado por importunação sexual. A vítima é uma funcionária da prefeitura da cidade, de 44 anos.
Leia Mais
Funcionárias denunciam assédio sexual em universidade de Juiz de ForaBH poderá ter nova ferramenta para denúncias de assédio sexual em ônibus Homem é suspeito de abusar sexualmente de criança de 8 anos em MGHomem é preso suspeito de importunação sexual em ônibusMulher reage a importunação sexual e recebe voz de prisão junto ao suspeitoHomem é procurado sob suspeita de mostrar pênis para menina de 12 anos
No depoimento, a faxineira afirmou que não sabia dizer se o comportamento do vice-prefeito tinha cunho sexual. Duas testemunhas, que presenciaram o fato, prestaram depoimento e contaram que já presenciaram a faxineira reclamar da ação outras vezes, mas que não perceberam maldade na situação de quinta-feira.
A vítima afirma que, desde que começou a trabalhar no local, sofre com as atitudes do vice-prefeito, tais como beijos no pescoço e tapas na bunda. Ao reclamar e afirmar que não aceita e não gosta desse tipo de comportamento, ele justificava que eram apenas “brincadeiras”.
Após ser avisado da saída da funcionária para a delegacia, Anderson também compareceu no quartel e afirmou ser homossexual. Ele contou que sempre brincou com a suposta vítima e com outras funcionárias, e que nunca percebeu indignação.
Ele confirmou que deu um leve tapa na faxineira, mas como cumprimento e sem cunho sexual. O vice-prefeito afirmou que não percebeu incômodo na funcionária e que nunca foi informado sobre a insatisfação da mulher com as brincadeiras.
Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que, após análise dos fatos, “a Autoridade Policial ratificou a prisão em flagrante do suspeito, que foi encaminhado ao sistema prisional e segue à disposição da justiça”.
Prefeitura de Mateus Leme divulga nota
Também em nota, a Prefeitura de Mateus Leme esclarece que "os fatos estão em apuração e as providências legais cabem ao Judiciário".
Ainda segundo a prefeitura, "a servidora e o vice-prefeito continuam cumprindo com suas devidas funções normalmente no Executivo e, inclusive, estão trabalhando no dia de hoje (22/07)".
A nota informa ainda que o caso está em sigilo e segredo de justiça. "Caberá ao Judiciário a palavra final. A atual administração municipal se colocou à disposição do fato ocorrido e que a verdade seja esclarecida".