Mais de um mês após o ataque a uma agência da Caixa Econômica Federal em Itajubá, Sul de Minas, é confirmada a conclusão do roubo. De acordo com nota publicada pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta quinta-feira (28/7), os criminosos conseguiram, por meio de explosivos, acessar os cofres do banco e levaram dinheiro e jóias.
Leia Mais
'Novo cangaço': o que são os assaltos que aterrorizam cidades do interior?PM em Uberlândia faz treinamento contra novo cangaço usando blindadosInvestigação e tática: os bastidores da ação contra o novo cangaço em MGMulher é procurada por invadir apartamento e furtar R$ 1 milhão em joiasMulher encontra sacola com várias joias ao realizar poda em plantaServidor público é preso em ação contra tráfico de influência e corrupçãoSegundo o MPF, que denunciou Jean Felipe Gallego Martins como um dos participantes da ação, a quadrilha entrou na cidade de cerca de 100 mil habitantes, roubou dois carros e incendiou os veículos em frente ao 56º Batalhão da PM para obstruir a saída de policiais durante o roubo.
Em sequência, eles invadiram a agência da Caixa enquanto parte do grupo atirava para o alto e também contra imóveis para intimidar a população.Ainda segundo o órgão federal, a quantidade de material explosivo instalados na agência bancária era tão grande que foram necessárias mais de 17 horas para remoção pelo Esquadrão Antibombas.
Na fuga, os criminosos atiraram contra policiais que faziam o bloqueio das vias. Quatro militares ficaram feridos. Um deles precisou ser submetido a uma cirurgia, mas todos passam bem.
Novo Cangaço
O tipo de ação realizada em Itajubá é conhecido como “Novo Cangaço”. Visando cidades pequenas, grupos fortemente armados agem, geralmente, durante a noite e visando agências bancárias.
Os ataques também são conhecidos por uma organização sofisticada e planejada. No caso de Itajubá, segundo o MPF, alguns dos carros utilizados nos crimes tinham estrutura modificada para facilitar a movimentação interna e o transporte de armas. Os veículos eram blindados e tinham orifícios nos vidros das janelas que permitiam disparos sem a necessidade de abrir portas.
Denúncia
Apenas um dos participantes do ataque foi preso. Jean Felipe foi abordado pela PM durante a fuga, na madrugada de 23 de junho, entre as cidades de Cambuí e Consolação. O MPF aponta que as investigações apontaram que o suspeito participou ativamente da execução do assalto e de sua preparação.
Apontado como participante no empréstimo de veículos e visitas anteriores à Itajubá para planejar o ataque, Jean Felipe atuou no dia do assalto como “batedor”, indicando a outros carros em fuga a localização de barreiras policiais. Natural de São Paulo-SP, o homem de 32 anos foi denunciado pelos crimes de roubo majorado, dano qualificado e incêndio.